Parece interessante o casamento entre a literatura de Kafka e o Cinema de Michael Haneke. Mas não deu muito certo, não que "O Castelo" seja ruim, longe disso, é que por vezes a encenação se perde no excesso de rigor e frieza. As ideias ficam pesadas e desinteressantes. Talvez um revisão possa ajudar, mas é difícil animar.
Haneke adaptando um fragmento de conto de Kafka...é tudo que se imagina mesmo.Lento além do suportado e buscando depressão aonde não tem.
Impossível manter a atenção por mais de 10 minutos seguidos.
Quem conhece as produções de Haneke sabe de sua predileção por formatos ousados e de seu flerte com o surrealismo. Por isso, a escolha da obra de Kafka é atraente. Assim como seus grandes clássicos O Processo e A Metamorfose.
No começo parece um drama e depois se torna uma comédia sobre os absurdos da burocracia e a melhor coisa é a sensação de estranheza que ronda todo o filme.