- Direção
- Louis Malle
- Roteiro:
- Pierre Drieu La Rochelle (romance), Louis Malle (adaptação)
- Gênero:
- Drama
- Origem:
- França
- Duração:
- 108 minutos
Lupas (14)
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É terrível olhar para dentro de si mesmo e perceber o vazio absoluto. Aquela sensação de fracasso, uma indiferença de si e do mundo. Se perder em esperanças tolas, vícios inúteis, relações pela metade, desejos impossíveis. Sofrer uma angústia perpétua, um cansaço humilhante, uma miséria existencial infinita. Chega um momento em que basta. Fim. Um filme que arrebenta com as entranhas amaldiçoadas de quem se entrega a sua jornada. Rememora os demônios escondidos no porão de nossa consciência.
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Melancolia pura mas que confesso não me atingiu conforme o esperado. Belíssimo texto e uma crueza deveras amarga nesta relação do homem com o envelhecimento, solidão e dor.
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A ilusão de uma eterna juventude e a consequente dificuldade de amadurecer com o medo de se tornar velho. Malle nos mostra esses questionamentos existenciais que leva a fuga no vício e no suicídio de uma maneira sempre instigante.
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Puro existencialismo, mas sem as espirais que nos enlouquecem às vezes.
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17/08/11 - A solidão retratada com o requinte peculiar de Malle.
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Um filme que opta pelo minimalismo e pelo vazio para abordar a depressão e o suicídio. A questão do Don Juan em crise com o seu amadurecimento é relativamente bem construído, mais no final. Vale mais pela forma que pelo conteúdo.
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Lúgubre como poucos. E tem o texto, "O" texto ...
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É um filme sombrio, deprimente e niilista, onde a fotografia exala uma melancolia e um tom gélido de forma fantástica, enquanto Malle captura, com perfeição, a chama da vida se esvaindo de seu protagonista. Maurice Ronet está soberano nesta obra-prima.
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Ainda assim, chegar aos 30, para Alain Leroy (Maurice Ronet) no filme é um problema ainda maior que o alcoolismo. Em todo caso, este filme de 1963 é um dos melhores momentos de Louis Malle na direção, e digno da ficção do suicida Drieu La Rochelle.
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A primeira cena, por si só, já é magistral. A maneira como detalhes sobre Alain são revelados, com uma sutileza sorrateira, Malle já nos chama para dentro de sua historia. São poucos os que fazem do espectador, tão íntimos de personagens tão problematicos
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O caminhar solitário por entre as gentes.
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O idealismo da juventude se foi e levou consigo as alegrias de uma vida livre repleta de prazeres efêmeros e relações intensas. Hoje,sentado só olhando pra a mesa vazia,as chamas da nostalgia consomem a alma aos poucos. Nunca um revolver foi tão atraente.
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Nunca a temática suicídio foi tratada de maneira tão sofisticada e sincera quanto nesse belíssimo filme de Louis Malle. Fotografia extraordinária e até hoje inimitável.
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Aborda a questão do alcoolismo de um modo interessante,após o tratamento.Como será a vida (nova) de um alcoolátra-boêmio feroz,agora sem poder encostar em um copo ? Mas e os amigos e a sociedade sabem o que fazer ?