- Direção
- Roteiro:
- Julio Alejandro (roteiro e diálogos), Luis Buñuel (argumento, roteiro e diálogos)
- Gênero:
- ,
- Origem:
- Estreia:
- 31/12/1969
- Duração:
- 45 minutos
Lupas (12)
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Uma critica pungente ao fanatismo religioso mas também há uma simbologia muito nítida com relação à posição de Simão na sociedade. Em poucas palavras , ele está acima do resto, é superior, se exclui do mundo e finge estar alheio à ele e Bunuel nos mostra o quanto isto é patético. Bunuel só erra feio em seu paralelo com a modernidade quando entende que este comportamento está fadado ao esquecimento , se engana Bunuel, fanáticos nascem, crescem e se reproduzem todos os dias.
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Ele relaciona a fé com poder de forma muito bem feita. Essa posição acima dos outros o faz ter julgamentos e opiniões que não combinam com a humildade que ele tanto coloca como adjetivo aliado a sua servidão a Deus. O ritmo acaba ficando um pouco estagnado em certo momento do filme, mas depois do corte espetacular para a atualidade (anos 60 no caso) a obra volta a dizer muito e se mostrar mais um trabalho diferenciado de Buñuel.
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Buñuel sendo Buñuel, retratando o Cristianismo puro; aquele que nega a carne, o corpo, os prazeres e o mundo; se isola de tudo, se apoia no metafísico, e rejeita a vida. Até a morte de Deus, quando a moral se desconstrói numa festa de rock n' roll.
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Uma troça com o fanatismo religioso, a soberba celeste dos escolhidos, o aparato da santidade que pouco serve diante da natureza humana. É o tipo de sarcasmo genial que se espera de um iconoclasta de carteirinha como Buñuel. Ps: Que final é aquele!?
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Trás uma visão mto bem construída, e ácida, do cristianismo e sua ascese extramundana. O olhar sereno de Brook e os diálogos com o diabo são fodas. Boas pitadas de humor (a cena dos padres confundindo o viva é hilária). E que final hein, Buñuel é foda! kk
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45 minutos de êxtase cinematográfico e/ou religioso, capaz de lavar a alma de qualquer cristão, qualquer cinéfilo ou mero apreciador de um mestre infalível. Aqui, no seu mais pleno domínio de suas conjurações arquetípicas e seu Buñuelismo fantástico.
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Oh grande Buñuel (irmão de Ulysses), entre os profanos és o primeiro, entre os desbocados és o mais inteligente e entre os hereges és o único que será perdoado.
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A tentativa de alcançar a superioridade por meio de uma transcendência, neste caso, divina, porém a natureza humana atrapalha a desejada ascensão; no fim, sempre haverão outros com os mesmos objetivos.
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31/07/10
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Buñuel sobre elevação espiritual (sacerdócio, talvez?) só poderia resultar em uma boa comédia.
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Excelente média de Buñuel sobre o catolicismo,crítica feroz,texto ácido de doer,ótimas figuras e simbologia ainda inédita.O inferno como uma danceteria e o diabo como menina provavcante são sacadas geniais.
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Mais um dos filmes chatos de religião de Buñuel.