Lupas (8)

Me passou a impressão o tempo todo de um filme cafona, altamente datado e démodé. Talvez seja uma implicância pessoal com o próprio gênero mas tive imensa dificuldade em me manter alerta mesmo num filme supostamente envolvente.

Já nos créditos iniciais (sem diálogos e com uma trilha espetacular de Bacalov) temos uma amostra do que está por vir. Aqui Di Leo concentra suas atenções para um intricado jogo de traições e reviravoltas, sem se preocupar (com exceção de seu clímax) em realizar grandes tiroteios ou perseguições, num belíssimo registro de uma Itália em radical transformação social e política.

É o que pode ser chamado de Cinema áspero, virulento, sem nenhum tipo licença a quem se aventurar por aqui.

A obra prima do gênero, até onde vi. Pura testosterona! O filme transborda estilo em vários aspectos, nos personagens bem caricatos, na trilha sonora, nos enquadramentos, na direção de arte. E acima de tudo italianíssimo, na estética e no glamour da máfia

Em ano de Chefão, uma pequena pérola do gênero que merece ser redescoberta.

Altamente estiloso,muito bem estruturado e com um roteiro aparentemente complexo mas enxuto e genialmente explorado. O vigor dos personagens e a violência que emana deixamuma aura de poder presente integralmente sobre todo o filme.

Filme de ação totalmente passional, cheio de reviravoltas, os primeiros 5 minutos são geniais e a trilha sonora é coisa de louco.

Carrega umas cafonices consigo, mas é, mesmo assim, muito bom. Pena que o subgênero poliziesco seja tão subvalorizado no Brasil.