- Direção
- Otto Preminger
- Roteiro:
- Frank S. Nugent (roteiro), Oscar Millard (roteiro), Chester Erskine (argumento), Ben Hecht (roteiro - não creditado)
- Gênero:
- Drama, Policial, Suspense
- Origem:
- Estados Unidos
- Duração:
- 91 minutos
Lupas (13)
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Em "Angel Face", Jean Simmons interpretou uma femme fatale sem igual no Noir. Uma mulher com o inconsciente fragmentado, atormentada por desejos obscuros, por uma estranha pulsão de morte, as voltas com sentimentos morais ambíguos e tortuosos. Uma personagem fascinante, dona de uma beleza inocente, mas com um olhar mortalmente hipnótico e sedutor. É claro que um cineasta do porte de Otto Preminger foi essencial para se construir uma personagem tão emblemática.
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O diretor Otto Preminger ordenou que Robert Mitchum desse um tapa na cara de Jean Simmons, ele se virou e deu um tapa em Preminger, perguntando se era assim que ele queria. Preminger imediatamente exigiu do produtor que Mitchum fosse substituído mas não teve sucesso.
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Pela trama que se quer passar por intrincada, o filme carece de uma roupagem mais ambígua, tanto para nós quanto para os próprios personagens. Isso torna o roteiro de investigação um tanto ingênuo e conta com zero de mistério, que nesse contexto seria primordial.
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Um noir tardio um tanto burocrático e previsível ainda que possui na dupla protagonista uma relação bastante crível. Longe de ser um filme ruim, prende e flui bem todavia lhe falta aquele charme típico do gênero.
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Não é tão bem feito no geral mas é interessante - alguns pedaços não são claros, meio menos envolvente. Mas a história é muito boa, principalmente quando as artimanhas cruéis da desgraçada acontecem. Uma fatal mais declarada, sem a charmosa dubiedade.
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A malandragem rola solta nesse Noir muito bem escrito. Uma femme fatale angel face e um Mitchum galã no melhor estilo. Belíssimos diálogos cheios de insinuações, (destaque pro julgamento) e direção estilosa cheia de retroprojeções e fundo pintado.
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A figura da impiedade é vivida com brilho por Simmons em mais um noir com a grife Preminger. Alguns momentos isolados destoam da proposta geral, mas é inegável que havia um bom material nas mãos.
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Mitchum e Simmons matando a pau em um filme de presenças muito fortes.
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19/09/14
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Preminger filme atores como se fossem fantasmas vagando pela imagem do filme.
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Técnica: 8.5 Arte: 8.0 Ciência: 8.0 Nota: 8.16
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Os seres humanos que são captados pela câmera de Otto Preminger nunca são fáceis de serem entendidos. Seus personagens não conseguem administrar os próprios sentimentos, são muito grandes para contê-los na carcaça corporal.
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Sofre daquela ingenuidade típica de algumas produções do período. Uma direção mais comportada e quadrada de Preminger, com poucos planos-sequência e cortando bastante. Quanto às cenas de tribunal, mal chegam perto de seu clássico de 59.