- Direção
- Maurice Pialat
- Roteiro:
- Arlette Langmann, Maurice Pialat
- Gênero:
- Romance, Drama
- Origem:
- França
- Duração:
- 95 minutos
Lupas (21)
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Um filme por vezes cruel. Implacável no trato de seus personagens, usando de um realismo que chega a ser constrangedor, mas de uma pulsação única. Revelando camadas de ressentimentos guardadas por anos, expondo a insatisfação da vida, a busca por qualquer sentimento e emoção. E como é avassaladora a presença de Sandrine Bonnaire. Um assombro!
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- 361º filme de 2.021! Visto em 21/09... - Bom... - Para um filme francês da década de oitenta, com essa sinopse, é até um filme comportado! Confesso que esperava uma obra mais ousada! Não é um filme ruim, mas envelheceu! Vale uma sessão, principalmente pelo boa atuação da Sandrine Bonnaire...
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Nem isso nem aquilo. Instabilidade e o imprevisível do desejo, manifestado muito bem nas cenas sem muita preocupação com ordem ou cronologia. A confusão edipiana também presente, ressaltou o desconhecido e inconsciente. A saída possível para a insatisfação do amor histérico é o sexo e a violência.
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Mais uma vez o cinema de Pialat não me encanta. Gosto da forma realista de sua abordagem, as atuações são muito bem dirigidas e carregam o filme nas costas pontuadas pela inconsistência e fraqueza emocional de Suzanne. No fundo penso que cai em um certo lugar comum.
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Bonnaire segura o filme inteiro nas costas (melhor dizendo, o filme É ela). De resto, temos uma análise potente e angustiante sobre a pequena-burguesia francesa, vazia, retórica, sem rumo, doentia e sempre, sempre incapaz de saber o que sente ou o que está pensando.
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Instabilidade familiar e projeções freudianas interligadas: o marco do efeito dominó é a cena em que o pai - até então autoritário com a filha - gentilmente sugere que vai sair de casa... Da destreza na narrativa corriqueira e complexa nasce um amargor que percorre os personagens e desemboca em nós, espectadores. A atuação de Sandrine Bonnaire tem que ser estudada.
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A adolescência e sua complexidade na visão de Pialat. A jovem que ultrapassa os limites do bom senso familiar e da sociedade se surpreendendo e sofrendo a não se apegar a nada nem a ninguém. O modo como é mostrado a tensão incestuosa do pai e do irmão com Suzanne é assustadoramente machista, porém real.
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Sem muita explicação (refletindo a própria protagonista?), de "quem é quem", o roteiro nunca se desenvolve completamente, e a trama anda num círculo enfadonho de mesmice, até uma pseudoconclusão verborrágica. Só se salva mesmo a atriz principal.
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A obra-prima da instabilidade.
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O realismo de Pialat impresso em um solene documento dos amores incompreendidos e a capacidade de criarem erosões familiares.
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O maior exercício de decupagem da história do cinema.
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Suzanne continua sua jornada, passando de homem para homem, querendo ser amada, porém não percebe que sempre foi, o tempo todo; incapaz de ver e deixando o espectador pensando que ela nunca alcançará a felicidade... Não como ela deseja.
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...Se alguém te ama, você pensa que ama também, mas na verdade você só quer ser amado.Todo mundo é assim. Claro que não. Tem gente capaz de amar. Não muitas. Sim, e você não está entre estas poucas. Bom, não tente me compreender. Nunca vai conseguir....
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O cinema francês dos anos 80 sendo moldado por Maurice Pialat. Bonnaire hipnotizante em cena. ''Você não doma alguém fadado a viver''.
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É um filme sobre a instabilidade. Nada aqui parece ser capturável, fixado em alguma categoria, segmento, ou sentido que possa conter o grande fluxo de energia que transcorre em seus pouco mais de noventa minutos.
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13/07/14
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É sobre uma menina que passa o tempo todo trepando. "O que a leva a fazer isso?" é uma das questões que o diretor pretende levantar. Contudo, "que diferença isso faz?" e "por que esse filme existe?" são as únicas perguntas que realmente me preocupam...
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O amor duradouro como ideal inalcançável e a incompletude como realidade patente.
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Aqui, temos simplesmente uma adolescente que transa com vários garotos (alguns mais velhos), e se vê envolvida (acusada como causa) numa imensa crise familiar. A cena do jantar é brilhante, com a personagem mantendo seus "hábitos" em meio a discussões.
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Nos sentimos miseráveis, os outros nos crucificam (às vezes, até exageradamente) e a realidade que persiste é aquela na qual enquanto esperamos pela pessoa certa, nos divertimos com as erradas. Aos nossos (queridos) amores voláteis! \o/