Lupas (14)

2022 Junho - 044

Inicialmente o filme pouco me prendeu por causa do amadorismo tanto dos atores como na direção (assustador isso ter sido feito por Stanley Kubrick) mais após a chegada de Virginia Leith o filme ganha fôlego, apesar de ainda ser simplório e raso.

Tecnicamente, apresenta tanto qualidades quanto defeitos. Mas aqui, já nos é apresentado a veia Kubrick de nadar sobre a natureza humana e, analisar a guerra sobre a ótica de um gênio.

Moderno e 'fora de hora', o filme de guerra que todos os cineastas da Nouvelle Vague gostariam ter feito.

Antes de "Killer's Kiss", Kubrick já mostrava seu potencial em um filme de baixo orçamento. É um ponto de partida, técnica e tematicamente, para as obras mais maduras do diretor.

Simplório. Concentrando-se nos personagens e na perda da racionalidade que a guerra provoca, entramos em contato com a loucura e com o aspecto mais primitivo de um homem numa situação semelhante. Podia ter sido melhor trabalhado, no entanto.

Ainda que não seja uma obra marcante vindo de Kubrick, Medo e Desejo, apesar de amador, é o prelúdio de uma brilhante carreira. Vale conferir por alguns traços que seriam vistos mais à frente, como por exemplo a loucura de uma guerra.

A forma como agem entre eles, ou os instintos primitivos quando fazem uma refém local. Como seria uma das marcas de sua carreira, Kubrick, aos 24 anos, demonstrava uma abordagem diferenciada, completamente desprendida de nacionalismos ou sentimentalismos.

11/12/13

Tecnicamente medíocre mas traz temas interessantes em situações de guerra,como o estupro de mulheres,a loucura do isolamento e o descontrole gerado por tensão constante.

Técnica: 9.5 Lógica artística: 9.5 Lógica científica: 8.5 Nota: 9.16

Já da pra sentir o aroma da genialidade de Kubrick quando se fala de insanidade...

o amador sustentável da obra cria poucas belas cenas, mas vale pelas atuações, principalmente de Kenneth Harp e Stephen Coit.

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