Tem de tudo aqui. É um drama social das mazelas latino-americanas, um western com tempero latino, uma aventura de sobrevivência na selva, uma crítica a religião - em especial aos cristãos - que não serve para nada frente aos problemas sociais (serve para ficar do lado dos poderosos com sua retórica vazia). É um belo filme. Dá goste de ver. Injustamente eclipsado dentro da filmografia de Buñuel. O que comprova a potência da obra do cineasta espanhol.
Tenho muito pouco a escrever até porque tenho muito pouco entendimento sobre o que acabei de ver, de certo por ignorância e incompetência única e exclusiva minha mas devo dizer que só me causou estranheza e enfado.
Mas este não é um filme com personagens de representação fácil. É o que há aqui de melhor, por sinal: em A Morte Neste Jardim, cada uma delas não resistirá àquilo que poderia ser uma típica jornada. Não estranha que algumas tenham mortes tão reais, que desapareçam rapidamente. Longe do Estado, ao homem resta somente o homem.
De pronto, tenha se tornado um dos meus Buñuel's favoritos. A queima de um frame demonstra toda modernidade do cineasta e os diversos estágios de modernização no mundo, com boas cenas de ação e perseguição que equivalem a quase filmografia inteira de Sam Peckinpah.
Levanta diversas discussões relevantes e típicas do Buñuel, porém, covardemente, abandona todas elas, com um roteiro problemático e sem propósito. A segunda metade além de desinteressante é, profundamente, monótona. Destaque para a edição de som na AM.