Tenho muito pouco a escrever até porque tenho muito pouco entendimento sobre o que acabei de ver, de certo por ignorância e incompetência única e exclusiva minha mas devo dizer que só me causou estranheza e enfado.
Mas este não é um filme com personagens de representação fácil. É o que há aqui de melhor, por sinal: em A Morte Neste Jardim, cada uma delas não resistirá àquilo que poderia ser uma típica jornada. Não estranha que algumas tenham mortes tão reais, que desapareçam rapidamente. Longe do Estado, ao homem resta somente o homem.
De pronto, tenha se tornado um dos meus Buñuel's favoritos. A queima de um frame demonstra toda modernidade do cineasta e os diversos estágios de modernização no mundo, com boas cenas de ação e perseguição que equivalem a quase filmografia inteira de Sam Peckinpah.
Levanta diversas discussões relevantes e típicas do Buñuel, porém, covardemente, abandona todas elas, com um roteiro problemático e sem propósito. A segunda metade além de desinteressante é, profundamente, monótona. Destaque para a edição de som na AM.
Um verdadeiro mosaico de temas e situações; cobiça, aparato da revolução, hipocrisia religiosa, poder do estado e sobrevivência na selva. Em mãos erradas pode ser um problema, mas com Buñuel se convertem em uma aventura intensa e selvagem. Boa sacada!