- Direção
- Jorge Bodanzky, Orlando Senna
- Roteiro:
- Orlando Senna, Jorge Bodanzky, Hermanno Penna
- Gênero:
- Drama
- Origem:
- Brasil, Alemanha Ocidental, França
- Estreia:
- 31/12/1969
- Duração:
- 91 minutos
Lupas (12)
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Confesso que eu tenho uma certa implicância pessoal com o formato de semi-documentário ou documentário ficcional, me passa a impressão que o cinema verdade ao qual o filme documentário se propõe é rompido de uma maneira grosseira, ao passo em que em geral o resultado parece ser uma máscara da realidade. Enfim, penso que apenas como o retrato daquele mundo o efeito seria maior, ainda que pese o poder de suas imagens e denúncias.
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A mistura de documentário tinha tudo para resultar em um ótimo estudo sobre a realidade brasileira daquele tempo no coração da selva, mas acabou se esvaindo em um enredo chatíssimo e sem força. Antes tivesse ficado apenas com a porção documental.
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O filme mostra como que havia, por trás do sonho brasileiro, uma realidade decadente de miséria e exploração.
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Um soco no estômago do projeto nacional desenvolvimentista do Governo militar, que construiu a Transamasônica p/sugar as riquezas naturais e o contraste da miséria e exploração que a envolve, dando voz ao grito da nossa floresta tão pouco ouvido por nós. A mistura de ficção e documentário foi uma decisão muito feliz. Iracema, a indígena já sem identidade, e tem Pereio sendo Pereio, no papel de um caminhoneiro do RS que crê no Governo. Um filme de grande valor histórico e antropológico.
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O roteiro poderia ser um pouco melhor, deixando o ritmo mais fluido. Mas em compensação, somos apresentados à uma história necessária; uma denúncia sobre um Brasil ignorado, um retrato de um povo sofrido, e uma crítica aos que estão do outro lado
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O sonho de um país grande e a realidade dos excluídos. A falta de um projeto de inclusão social. Pobreza e ignorância como mercadoria. A estrada faraônica como símbolo do fracasso da nação. Filme antropológico, imperfeito, mas essencial no estudo Brasil.
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A miséria e estagnação social como um cíclico movimento de humilhação e repressão, a figura de Iracema como a mulher indígena vítima da colonização, um interessante e decadente docficção fruto da ditadura e das vidas arrastadas no trator do "progresso".
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01/02/06
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Quase um documentário, a sinopse me deixou com uma grande expectativa que não foi superada em seu início enfadonho mas com seu desenrolar se torna um ótimo filme...
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Um pedaço de uma época congelado para sempre.A vida pé-de-chão no Norte que nem está tão esquecida assim. Cada música tocada,cada tipo de caminhão,qualquer palavra inocente sobre terras e documentos é a vida de muitos representada em instantes.
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Vale pelo contexto histórico e pela cena final, quando o protagonista reencontra Iracema: revelador.
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Irrepreensível.