- Direção
- Jaromil Jires
- Roteiro:
- Jaromil Jires (roteiro), Ester Krumbachová (roteiro), Jirí Musil (diálogos), Vítezslav Nezval (romance)
- Gênero:
- Fantasia, Terror
- Origem:
- Tchecoslováquia
- Duração:
- 73 minutos
Lupas (14)
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Filme fumado, bizarro com metáforas maravilhosas sobre o autoritarismo da igreja e suas hipocrisias na idade média. Antes de assistir tenha a mente BEM ABERTA
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Que movimento fantástico foi a novelle vague checa. Mesmo seu exemplares que nem batiam tão de frente com o regime ditatorial russo era possível enxergar elementos questionadores. É um filme sobre repressão e autoritarismo, os monstros da igreja e da instituição familiar torturando aquele casal de jovens amantes para representar a inocência e abuso sobre todo o povo checo-eslovaco.
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https://letterboxd.com/vinigarcia/film/valerie-and-her-week-of-wonders/
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Dos mais delirantes do cinema. Repleto de metáforas e camadas sobre sexualidade, religião, morte e outras series de relações do indivíduo se despertando com o mundo. O olhar de quem ainda não entendeu a ordem das coisas, tem que assimilar o mundo a sua volta e se entender dentro dele, como todos nós. Um coming of age totalmente fantasiado, mas que trás a força dos melhores do gênero. E também uma das melhores fantasias que já vi, não fechada e otimizada, mas alucinada como a logica de um sonho.
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Ao entrar nessa fantasia, impossível não se impressionar com o controle narrativo de Jires. Valerie com toda sua inocência infantil, começa a lidar com o surgimento de sua sexualidade, e é nesse momento chave que começamos a mergulhar em seus devaneios. Com todos os personagens a sua volta trazendo perigo, a ameaça desse ser vampiresco tem um poder como nunca vi antes no cinema. Traz muito medo essa constatação de sua magnitude e ainda mais a maneira como Valerie reage com certas expressões.
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Nová Vlna no auge! Alice encontra Nosferatu nesse surrealismo pesado sobre o despertar sexual de uma menina. Estética impressionante, imagens líricas, bela trilha, base freudiana, homenagem/adaptação foda a V.Nezval, vanguarda do movimento nos anos 30.
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É o esculpir folclórico de toda manifestação mundana em forma de danação ao que de fato é a vida, crenças, laços, ambientes e discursos extra-tela, tal a relação da 'Alice' e sua avó. Crônica erótica, pervertida, corrompendo-nos também sem um pingo de dó.
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Valerie é uma metáfora onírica do despertar sexual de uma garota, um filtro da realidade e a marca do desejo a florescer. Filme de força surrealista, solidário ao desconhecido e encantador na impetuosidade das imagens. Um belo filme a ser descoberto!
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29/06/16
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Numa insanidade apaixonante,regida à brincos mágicos,Valerie e seu vilarejo evocam a magia,a liberdade e o desejo eterno,seja juventude,seja sexual. Ninfas,pans e bruxas dançando entorno de um berço,folhas outonais num libido: A definição do onirismo.
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A sociedade vampiresca que suga nossos sonhos e desejos para manter seus próprios desejos carnais. Hipocrisia e alienação, retratados com tudo de bizarro que o surrealismo pode oferecer.
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A linha entre sonhos e realidade é tênue nesta fantasia psicológica surrealista. Uma história que trata de amor, medo, sexo e religião.
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Filme fumado. Uma preciosa atmosfera do onírico, com trama mirabolante e simbólica, personagens bizarros e uma visão íntima, livre e alucinada do amadurecimento feminino, gerando diversos insights naqueles símbolos e sensações em suas poderosas imagens.
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Gotas de sangue caem sobre as margaridas. Valerie é mulher. E terá agora pela frente um mundo inteiramente novo de sonhos e fantasia. Entre vampiros, demônios e padres pedófilos, conhecerá os encantos do amor, a ardência do desejo, o medo, a morte...