Filme seco, direto e amargo. Maurice Pialat filma a deterioração de um relacionamento, o ponto de ruptura de uma relação abusiva, irracional e estranha (mas não é de pensar que todas são assim?). É a eterna perdição dentro do vazio das próprias escolhas.
A nada fácil vida a dois expressa por um casal ioiô cujo homem reúne boa parte da conduta detestável de um machista típico. Difícil envelhecer ao lado de um cara desse.
Apesar de algumas idas e vindas desnecessárias, Pialat entrega um drama de ruptura conjugal com uma essência singular; principalmente em sua premissa, que dispõe seu enfoque em cima de um casal no mínimo inusitado. Destaque para o compenetrado Jean Yanne.
Bem interessante.Foca exclusivamente nos 2,aumentando nossa cumplicidade em relação a eles,em seus encontros e discussões.São blocos de longos diálogos que muito dizem.A insistência dele é feroz.
Deve ser outro filme se mostrasse além das conversas deles