A direção de Josef von Sternberg é composta na base do close-up e do expressionismo. O que leva a uma atmosfera de medo, paranoia e angústia. Mas o trunfo é mesmo o embate entre Peter Lorre e Edward Arnold. Um jogo de gato e rato pra lá de empolgante.
Do mais puro expressionismo alemão para qualificar a carga de sentido, caráter, longevidade e amplitude, tanto da obra literária quanto do audiovisual. Um dos melhores roteiros já adaptados, sem dúvida. FILMAÇO.
O desfecho insinuante concede força a um discurso que sobrevive sem tanto impacto ou beleza narrativa comum a Sternberg. Ainda que com problemas é um interessante diálogo com o espectador, filme questionador.
Belo filme. Embora seja uma adaptação por vezes desengonçada de trechos do livro (nem sempre fiel tbm, o que é bom), possui momentos extremamente relevantes (os duelos do protagonista com seu algoz, assim como as conversas com Sonya são ótimos).
Início da fase 'decadente' do Sternberg, como artesão nem tudo dá certo (Peter Lorre é um bocado irritante), mas quando se instala a atmosfera de paranoia do livro, tudo anda nos conformes.