
- Direção
- Nanni Moretti
- Roteiro:
- Nanni Moretti (história e roteiro), Valia Santella (história e roteiro), Francesco Piccolo (roteiro), Gaia Manzini (história), Chiara Valerio (história)
- Gênero:
- Drama
- Origem:
- França, Itália
- Estreia:
- 17/12/2015
- Duração:
- 106 minutos
- Prêmios:
- 68° Festival de Cannes - 2015
Lupas (18)
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Não sei mt bem o que levar desse filme desconjuntado do Moretti, mas há algo de intuitivo em determinados momentos e certa espontaneidade nos personagens (como se o diretor fosse um anfitrião amistoso e generoso) que se sentem à vontade.
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Tema batido, com exceção de MARGUERITA BUY, o filme é de uma mesmisse entendiante.
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O vai e vem entre o pessoa e o profissional da protagonista não gera o impacto da desordem de sentimentos ali presentes. O resultado é pouco fluido e lento.
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O excesso de subtramas enfraquece o todo, mas o plot central é rico o suficiente pra fazer o filme valer a pena, com algumas cenas realmente marcantes. Alguns momentos de humor, embora engraçados, soam deslocados e fora do tom.
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Moretti balanceia seu filme entre realidades paralelas e tempos distintos da vida (a montagem é vital), enquanto Buy transita entre o que ela é e o que ela atua. E, organicamente equilibrado, o roteiro sustenta o drama, a comédia e a homenagem ao cinema.
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A busca por significados é tortuosa, por vezes delirante. Nanni Moretti está nesta busca, construir sem afastar - processo de reavaliação da vida (e também do próprio método artístico). No fim resta continuar o caminho, incompleto, mas é o que temos...
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Com muita sobriedade e delicadeza, Moretti aborda os recônditos da intimidade sem cair no patético e,assim, encontra o universal.
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Moretti constrói mais um filme doloroso e angustiante sobre a chegada da morte, como se lida com ela e o desejo utópico de agir de forma diferente, a falta de controle do cineasta que se torna irrelevante diante da falta de controle do homem com a vida.
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Moretti cria uma personagem profunda, ainda que ganhe mais camadas sustentada no desempenho de Buy. Porém alguns arcos apenas flutuam em torno da protagonista e no fim soam desnecessários, tirando boa parte do possível impacto da história.
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Turturro está completamente fora do tom e as aparições de seu personagem apenas retiram força da bem construída discussão sobre a morte. Apesar disso, pode-se dizer que Moretti acertou mais uma vez.
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Giulia Lazzarini compõe uma Ada tão crível que o espectador imerge em seus últimos dias sentindo-se parte daquela família. Turturro - o escape cômico- se mostra outro grande acerto.
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O filme aborda um tema delicado (a morte), sem cair no melodrama e sem apelar, o que já é um mérito. O destaque negativo do filme é John Turturro, em sua pior atuação dos últimos tempos.
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Moretti destrincha as angústias de sua protagonista em lindo estudo de personagem utilizando-se do fluxo de consciência para misturar sonhos, recordações e realidade, e exponenciar a dor da perda iminente. Simplesmente arrasador. Buy sensacional.
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Turturro faz um papel complicado e acho que em alguns momentos está fora de tom. E é a única coisa que me incomodou no filme. Margherita Buy está soberba. Moretti faz Cinema dos grandes e está em seu auge.
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Não possui nenhuma cena de grande impacto, mas o filme inteiro é de uma sensibilidade imensa, recheado de emoções sutis. Moretti consegue como ninguém (ou como Allen conseguia antigamente) retratar momentos difíceis e intercala-los com outros de leveza.
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Moretti preguiçoso e desinteressante. Não se aprofunda nem nas relações familiares, como o título sugere, nem na porção metalinguística. Que filme Margherita estava dirigindo, afinal?
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Moretti entrega uma obra que cria tantos alívios cômicos para a trama central que em algum ponto a sessão obviamente se tornaria tediosa. Homenageia muito desleixadamente tanto família quanto arte e conhecimento.
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05/10/15