Não é tão original quanto fica tentando ser, nessa ideia de futuro e felicidade no efêmero eterno, momentâneo, que é viver, mas quando funciona bate muito forte. Aquele sensação de complexidade sobre a finitude da vida, o medo da morte e a eterna conexão ou tentativa de conexão consigo mesmo nos faz lembrar um pouco de sempre ter em mente a coragem e a sensatez para existir.
Os personagens são horrorosos e os cenários têm cores aberrantes que incomodam a visão. Não há consistência no roteiro, apenas papo-cabeça de autoajuda (com uma irritante narrativa em off, nada comum a curtas-metragens, para levar o conteúdo nas costas). Seria melhor uma tela em branco, com música ao fundo e alguém lendo o texto.
Uma das visões de mundo distópico mais irônicas já feitas pela tamanha ingenuidade da criança, que soa como o perfil mais inteligente daquele mundo patético e perdido. Um viva ao presente, ao trivial, a simplicidade de viver.
Tem uma grande mensagem da valorização do presente em detrimento da busca incessante do homem se aproximar do futuro. É bem interessante, mas tem algumas passagens que me incomodaram um pouco e soaram exageradas.