De todos meus preconceitos com a animação, percebi com este talvez, que o principal é com o realismo dramático humano. Senti falta da fantasia possível com o desenho animado e tão presente em outros momentos da carreira de Charlie Kaufman.
Tecnicamente maravilhoso. Demora a engrenar, mas as crises existenciais de Kaufman permanecem poderosas, com seu texto repleto de metáforas. Continua sendo dos meus roteiristas favoritos no cinema.
Kaufman volta aos temas rotineiros em sua filmografia nesta animação humana e cheia de metáforas. Peca apenas pela irregularidade. Enquanto o segundo ato é uma das coisas mais lindas da temporada, o primeiro é cansativo e o desfecho é previsível.
Somos todos Michael Stone na nossa eterna busca as Anomalisas perdidas. E sim, fui enganado pelo toque de genialidade - pensei que a dublagem estava errada ou estar assistindo a um filme diferente. Brilhante.
O triste mundo de Michael, onde todas as pessoas são exatamente a mesma coisa, é um reflexo alegórico e genial de Kaufman, que orquestra de maneira exacerbada um filme tocante, reflexivo e produzido com requintes de fineza de cair o queixo. Lindo demais.