Lupas (47)

Os elementos que garantiram o horror genuíno no primeiro filme novamente estão de volta e fazem desta sequência digna arrepiar a cabeleira. É bom eu começar a me prender enquanto durmo...

Aprofunda os piores aspectos do primeiro e, pior, não dá medo. Só num universo muito cristão um filme desse pode ser considerado assustador. (o roteiro é uma bobagem imensa, cheio de falhas que chega a doer)

Mantém a qualidade do anterior (e ainda conta com um capricho visual de grande força)!

Os casos dos Warren estão em boas mãos com James Wan, que já deixou de ser uma promessa para se concretizar em um dos melhores diretores do gênero hoje. Tensão e atmosfera em um filme quase tão bom quanto o original, o que não quer dizer pouca coisa.

Wan continua entregando a paçoca e fazendo filmes mais equilibrados (e mais uma vez o tom misterioso do primeiro filme é o que há melhor) que tentam consertar o vício dos antecedentes. "Mestre do susto" ("geração: dá medo?"), cinema midiático e bem eficaz

Dentro da situação na qual o gênero se encontra atualmente, enquanto não aparecer aquele filme definitivo, que marca época, James Wan continuará se destacando fazendo seu feijão com arroz. Não inova, mas seus filmes apavoram (ainda que os sons exagerem).

No cinema foi interessante ver a reação das pessoas, e como o filme cresce aos poucos, no inicio tinham pessoas conversando, dando risadas, do meio para o fim tava um silêncio, uma tensão, e a cada aparição da freira era um salto na cadeira pra todos!

O viés fantasioso de seus filmes está mais presente do que nunca, num estiloso exercício de gênero. Alguns momentos geniais (Ed com a menina desfocada ao fundo; as cenas com a freira) e uma baita fluidez na câmera de Wan. Seu filme mais "ousado", talvez.

O virtuosismo do diretor continua impressionando, evitando sustos fáceis a todo momento, mas, no fim, é isso: ao contrário do primeiro, que tinha uma baita atmosfera (me deixou aterrorizado), aqui não vai além de alguns sustos e bons jogos de câmera.

Em tempos de escassez de ideias e falta de comprometimento com as produções do gênero de terror, o decurso da obra de Wan se destaca com suas ótimas sequências e uma história pra lá de macabra.

Bons momentos esporádicos, poucos jump scares eficientes e, ao contrário do primeiro, um terceiro ato melhor que o resto - Conjuring 2 vale a pena, mas parece tão fraco frente ao que Wan já fizera anteriormente que a decepção é inevitável.

Paupérrima utilização da crença cristã, gerando o caos na base do grito, já que preparação climática é besteira. São sustos aleatórios na fast-foodilização máxima: um filme de terror sem UMA gota de sangue, mesmo com janelas explodindo na cara das pessoas

Tudo ficou melhor. A direção mais evoluída e os protagonistas mais confortáveis em seus papéis. A freira rouba o filme quando aparece, que vilã!

Continua boa a ideia, a construção e o cuidado na condução do terror e do suspense.

O conservadorismo do horror levemente explorado.

Wan segue sabendo muito bem o que faz, mas aqui o roteiro, sem saber direito o que quer, acaba optando por saídas de gosto muito duvidoso. A primeira metade é no nível do antecessor - atmosfera belíssima e direção segura -, porém, no mais, ficou bem aquém do potencial que ensaiou ter e de seu fortíssimo antecessor.

Terror mesmo. A trama, embora levemente abaixo do nível do primeiro filme, consegue render terríveis sustos e cumpre de forma magnifica sua função como thriller de terror moderno. Wan acerta novamente!

Wan segue sua linha de filmes de terror praticamente idênticos, mas continua diferenciado no mercado trazendo uma experiência sensitiva bem lapidada e que brinca com a expectativa de quem assiste. Não tão tenso, ainda assim divertido.

Na maior parte do tempo, Wan segue demonstrando perícia na composição de planos que, percorrendo os cenários, extraem o que há de pior em nossa imaginação e auxiliam na hora dos sustos. Nem tudo funciona, mas a obra mantém o bom nível do primeiro filme.

Muito Bom