A narrativa é muito episódica, mesmo quando revela a ligação entre os personagens. Nunca é plenamente coesa, pois os acontecimentos são muito espaçados um do outro, e facilmente esquecíveis. O que resta é um filme bom de assistir, mas aleatório e oco.
Uma ode à incomunicabilidade, Haneke dá uma nova faceta aos trâmites de Amour ao colocar seus personagens inseridos na contemporânea realidade tecnológica, onde todos desaprenderam a conversar organicamente pela praticidade do celular. Frio e brilhante.
Demora para se encontrar - a primeira metade é enrolada e tenta abraçar questões demais. Na segunda metade, quando estabelece focos mais certeiros, melhora bastante. Ainda assim, faltam o impacto e força de outras obras de Haneke.