Primeiro filme que assisto de Claire Denis, e faltou conexão, empatia pela personagem perdida nos amores não obtidos, amo Juliette, belíssima, mas não consegui me encantar pelo roteiro, nem pelos personagens, pareciam vazias, numa vã tentativa de profundidade, esbarrando no terreno raso da superficialidade, mas darei mais tentativas, pois sei que me apaixonarei pelas obras de Claire...
Existe um grande vazio dentro de Isabelle(Binoche), a falta de um parceiro. Solitária, vemos seus encontros com diversos homens nunca progredirem da atração. O sexo sendo a fuga para a falta de conexão, os distancia e a faz infeliz. Sua carência aumenta a cada novo homem que surge, e a urgência por um novo amor chega ao ponto de apostar na vidência de estranhos. O problema aqui vem da confusão entre os relacionamentos, por mais pensado que fosse, nos confunde e prejudica a experiência.
Claire Denis, quem diria, ficou domesticada. Longe estão os tempos de obras ríspidas e inquietantes. Essa Denis, outrora intransigente e pouco afeita a concessões, parece ter ficado na década passada.
Passeio pelos encontros e desencontros da vida afetiva de uma mulher de meia idade. Não é o trabalho mais profundo da diretora mas é delicioso de assistir.
Um tanto abaixo do que se espera de Claire Denis, mas quando se tem Juliette Binoche em momento de grande inspiração, nada mais parece importar. Bom filme!
Mesmo que resvale em certas tolices, não deixa de ser interessante acompanhar a alegoria composta por Denis, conjugando em sequência as incongruências das relações amorosas justamente para desmontá-las junto da própria busca por um grande amor também.
A esperada parceria entre Denis e Binoche se revela uma decepção no decorrer da narrativa acidentada. Habitualmente grave, a cineasta derrapou a tentar abraçar uma certa leveza.