- Direção
- Pawel Pawlikowski
- Roteiro:
- Pawel Pawlikowski, Janusz Glowacki (escrito por)
- Gênero:
- Romance, Drama
- Origem:
- França, Reino Unido, Polônia
- Duração:
- 84 minutos
- Prêmios:
- 71° Festival de Cannes - 2018, 91° Oscar - 2019
Lupas (14)
-
Por mais que esse closes tortos não me desçam, gosto mais desse do que Ida. Além dos belos enquadramentos e fotografia, aqui há uma fluidez mais natural da câmera em belos planos-sequência que dão peso para uma história que se constrói fragmentária, com elipses que pincelam um período de consolidação da Guerra Fria e a mudança de valor das fronteiras. Por mais que careça de um peso maior ao final, é bom ver um trabalho que evita excessos e se constrói a partir da concisão narrativa.
-
Além do roteiro que nada tem a dizer (um romance frio e mal definido, típico de artistas), há mais 2 coisas que incomodam no filme: a opção da montagem com falta de continuidade das cenas; e a fotografia em preto e branco como mera retórica visual (provavelmente, apenas um maneirismo ostentoso, uma vez que as imagens de arte folclórica e toda "homenagem" ao PC ficariam muito melhor em cores vivas), ainda que tenha alguma estética metafórica. Enfim, Pawlikowski faz outra obra só para a crítica.
-
Não sei exatamente como classificar o cinema de Pawlikowski. Na realidade é bem simples, esteticamente primoroso (talvez só Bela Tarr tenha imagens mais impactantes atualmente) mas seus roteiros são paupérrimos , personagens beirando o vazio de personalidade e e trama que dificilmente conseguem empolgar. Sinceramente não sei se gosto de seu cinema ainda.
-
Uma sensibilidade aguçada para conectar a vida do casal a guerra de maneira tão crível e romântica ao mesmo tempo.
-
As mais belas imagens do cinema em muitos anos. Uma pena se reduzir narrativamente na segunda metade, causando pouco aproveitamento, mas o saldo final é positivo.
-
Almas perdidas que não se encaixam no contexto a sua volta e nem a si mesmas, vagando insólitas pela busca de sentir. Pawel consegue, no silêncio e nas elipses, uma carga de intimidade engajante, trazendo cumplicidade mesmo através de excertos de uma vida
-
Um complexo romance entre idas e vindas em meio a um mundo dividido. Sutil e econômico, Pawlikowski tem grande destaque em sua estética.
-
Fotografia impecável e um filme intenso desde o início. Um dos melhores do ano, sem dúvida.
-
Os protagonistas vivem uma paixão arrebatadora, mas que só consegue existir na impossibilidade de ficarem juntos. E ainda estão envoltos pela paranoia dos tempos da Guerra Fria. Possivelmente só poderia acabar daquele jeito mesmo (não vou contar o final).
-
O P&B em Pawlikowski exprime a frieza paralisante que resulta da interferência de ambientes opressores e traumáticos nas relações de seus personagens - aqui, a Guerra Fria separando dois amantes. Desempenho assombroso de Kulig, temperamental e enigmática.
-
Deixa a desejar no cumprimento de sua proposta, e acaba se tornando cansativo mesmo com a curta duração. Pequenos momentos aqui e ali embelezam a história.
-
A estrutura picotada condena a narrativa a um desenrolar frio, mas composto por sequências que concentram bons diálogos e ações historicamente significativas. A utilização da música como moldura da obra proporciona alguns dos mais belos momentos do ano.
-
O elegante P&B, a cultura local e o romance que, apesar de ter um história simples, não cai na abordagem superficial, dão um charme ao filme do começo ao fim; evitando qualquer incômodo com o roteiro desconexo. Destaque para a cena do rockabilly e o final
-
Sobre o amor ser atemporal diante dos descaminhos da guerra fria, não importa lugar ou tempo, o sentimento fica. Eficiente enlaço entre encontros e desencontros do casal e a influência do período histórico sobre eles. Belo uso da música também.