Bem acima da média do gênero. Muito além de zumbis, o filme é sobre sobrevivência, solidão e sandice. Na pele de um sujeito que parece estar bem adaptado a situação em alguns momentos e em outros aparenta estar completamente engolido pelo silêncio.
O que está em jogo são questões como liberdade, solidão e delírio. Até que ponto faz sentido viver trancafiado, esgueirando-se das ameaças, em uma cidade tomada por sangue e detritos. Bela obra de Dominique Rocher, que desviou da estética de videogame e priorizou o conflito interno de Sam. Alguém que busca fazer o mais simples e o mais difícil: existir.
Uma belíssima fábula sobre isolamento em meio a um contexto apocalíptico muito bem construído. Expõe, hipnotiza e convida para uma profunda reflexão. Grata surpresa!
Um filme bem produzido e com uma proposta interessante, mas que vai morrendo porque não tem nada pra contar, apelando pra sequências de sonho e alucinações para ganhar tempo de tela e reanimar o grande tédio que somos imersos junto ao protagonista.
O potencial é alto, mas acaba parcialmente desperdiçado em sequências tediosas e repetitivas que esgarçam a duração matematicamente curta. E onde já se viu colocar Denis Lavant como figurante?
As duas linhas da sinopse são, na verdade, o roteiro quase todo, já que não acontece muito mais do que já é dado pela premissa, nesse filme que deveria se chamar "O Tédio Devorou o Mundo". Melhor virar zumbi mesmo, a vida era mais agitada.