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Nunca, Raramente, Às Vezes, Sempre

(Never Rarely Sometimes Always, 2020)
8,0
Média
73 votos
?
Sua nota
Direção
Eliza Hittman
Roteiro:
Eliza Hittman
Gênero:
Drama
Origem:
Estados Unidos, Reino Unido
Duração:
101 minutos

Lupas (11)

  • O filme é bom. A mensagem do filme é bem transmitida, entretanto questiono bastante as decisões criativas do filme. Uma vez que, a atmosfera e até movimentação é de um documentário. Todavia, trata de um filme sensível. Neste aspecto, não acredito que o filme consiga fechar por completo. O maniqueismo constante e o foco da camera são sintomas desse mesmo problema. Entretanto, é um filme bom que funciona em diversas camadas. Se tiver uma bagagem artistica, recomendo! Se não tiver não recomendo.

    Guilherme Tavares | Em 07 de Julho de 2022 | NOTA: 7.0
  • Pensei de início que fosse um filme panfletário pró ou anti-abortista, não o é , graças a deus. Eliza opta pela melhor escolha de todas, o poder da observação e deixar ao espectador a decisão de qual o melhor caminho para um problema que é intrínseco à nossa sociedade. Todavia erra no que seu filme se transforma, uma espécie de manifesto "anti-homem". Neste ponto a diretora não se eximiu de julgamentos e transformou a figura do homem como um constante ponto de amedrontamento para as mulheres.

    Eliezer Lugarini | Em 10 de Novembro de 2021 | NOTA: 7.0
  • A cena que dá título ao filme é simples, dolorosa e profundamente humana. Flanigan em um show de atuação nesse longa que aposta apenas na exposição das violências sutis, mas que consegue ser arrebatador quando precisa.

    João Vitor G. Barbosa | Em 28 de Março de 2021 | NOTA: 8.0
  • TODOS os personagens masculinos do filme são apresentados com comportamento sexual negativo.

    LUCIANO BAHIA | Em 11 de Março de 2021 | NOTA: 8.0
  • Assim como o objetivo central da trama, tudo passa por uma exposição cirúrgica. É um tema delicadíssimo tratado com extrema humanidade, transmitindo mensagem com poesia urbana, suja e crua. Pouquíssimo para se dizer, muito para se expressar.

    Guilherme Algon | Em 25 de Fevereiro de 2021 | NOTA: 8.5
  • Filme frio e cinzento, onde o silêncio carrega um peso completamente amargo. A presença das duas garotas transmite um enorme vigor, um certo tom azedo que prende a atenção e carrega o longa até o fim. É um filme mais sobre do que não é dito do que aquilo que é dito, pois a narrativa evita uma série de pautas e questões, e é neste vácuo que se encontra a força da obra, tornando ela completamente intimista e humana em seu silêncio.

    César Barzine | Em 12 de Janeiro de 2021 | NOTA: 7.0
  • No começo pode parecer um filme distante, meio rígido demais. A fotografia muito opressiva, o abuso incessante, o formalismo em cada movimento de câmera, mas existe uma força que vai se acumulando até a grande cena que da nome ao filme. Depois dali, ele ressignifica toda sua rigidez e o distante se torna próximo e humano pra caralho. O que era falta de profundidade vira sensatez em como contar essa historia tão importante. Tudo para virar um futuro clássico. E pra ficar de olho no elenco todo.

    Leo | Em 08 de Janeiro de 2021 | NOTA: 8.0
  • Brilhantemente controlado por Hittman, o longa apresenta uma delicadeza nos gestos e nas ações o tempo todo. Maniqueísta, mas nos passa uma terrível noção de viver sempre com medo dos homens. Ficar alerta contra essa perversão que se apresenta no colégio, no ambiente de trabalho, no metrô. Em nenhum momento você sente as personagens seguras. Além disso, demonstra bem as dificuldades de se lidar com o aborto mesmo em um país que nem de longe é dos mais complicados para se tratar do assunto.

    Eduardo Percequillo Freire de Souza | Em 05 de Janeiro de 2021 | NOTA: 8.0
  • Em nenhum momento discursivo, apelativo e/ou panfletário. O silêncio em sua melhor forma de resposta. Uma demonstração muito sutil da opressão da existência feminina e a ciência de que elas só podem contar com elas mesmas. Sou homem e estou impactado, fico imaginando como as mulheres se sentiram.

    João Pedro Duarte | Em 31 de Dezembro de 2020 | NOTA: 8.0
  • Retrato poderoso e intimista de duas jovens para fazer o aborto de uma delas. Acertadamente, o filme não expõe o ato que fez acontecer a gravidez, o que neutraliza qualquer tentativa de discurso de culpar a vítima, oque convenhamos, não é difícil de ver por aí. Algumas cenas como a da primeira assistente social tentando criminalizar a possibilidade do aborto, ou do modo como tiveram que conseguir dinheiro pra se manter em Nova York, clamam pela urgência de se discutir o machismo tão presente.

    Alan Nina | Em 26 de Dezembro de 2020 | NOTA: 8.0
  • Eliza Hittman fez um road-movie sobre a crueldade que é ser uma minoria num mundo dominado por quem não está nem um pouco preocupado com sua existência. A cena da entrevista com a assistente social é uma das coisas mais intensas que o cinema de 2020 fez.

    Wellington Junior | Em 21 de Dezembro de 2020 | NOTA: 9.0