Lupas (24)

02/09/2022

Muito bom ver algumas figuras históricas representadas com seus anseios pessoais e coletivos de forma inteligente e talvez até profunda.. Acho que é o ponto principal deste filme.

Este é o único indicado para Melhor Filme para 2020-21 que não ganhou nenhum Oscar.

Ótima montagem.

Roteiro muito bem construído e envolvente. O tema discutido de liberdade eh de grande relevância. O final foi muito apressado e perdeu ponto.

Muitos personagens e não os desenvolve muito bem. Mas as atuações são ótimas, com destaque pra Sacha Baron Cohen, Mark Rylance e Frank Langella. Sorkin se sai melhor no roteiro do que na direção. Tecnicamente é muito bem feito, com destaque pra ótima montagem. O humor no geral funciona. Mesmo se passando em 1968, consegue ser bem atual. Não é um dos melhores filmes de tribunal, mas vale a pena assistir.

Um julgamento político, viciado, irregular, parcial. Repleto de pautas mais do que importantes. Uma ode da resistência de um dos movimentos políticos mais importantes da história do Ocidente. Um filme forte e gigante.

A breguice da narrativa é equilibrada pelo elenco em sintonia. Sorkin abusa de comentários sobre sua própria narrativa, o que diminui o impacto natural do roteiro.

Possui todo um olhar distante graças a caricatura daquele evento histórico, trabalhando com simplificações na construção dos personagens e no embate maniqueísta entre os dois lados. A montagem e a edição são horríveis, cheia de cortes extremamentes rápidos e irritantes. Há até alguns momentos em que o contraplano não se encaixa com o plano inicial, criando toda uma confusão. Um filme feitos nas coxas mesmo.

Um final digno de "Sessão da Tarde" para um filme que um tinha potencial bem maior. Sorkin erra no ingrediente final e coloca muito açúcar. Faz um bolo bonito, porém sem um gosto marcante. Uma pena.

No aguardo da versão BR com Lula e Moro.

Possui uma temática relevante, pena que é tratada da forma bastante vexatória com argumentações rasas de um dos lados da discussão e um excesso de vitimismo de outro. Arkin poderia muito bem ter assistido Julgamento em Nuremberg antes de escrever seus roteiros para compreender algo sobre argumentação. A figura extremamente maniqueísta do juiz me causa mais constrangimento do que essencialmente o sentimento de injustiça. Borat vai bem e Redmayne ainda passa longe de me convencer.

Um filme de tribunal que, sob uma direção cheia de personalidade, se torna um instrumento de denúncia. Sorkin lida com uma matéria visivelmente densa, mas de forma dinâmica, menos engessada do que poderia ser. Ele acha rapidamente o equilíbrio entre rapidez, diálogos afiados e melodrama, para transmitir aos espectadores um sentimento ininterrupto de injustiça e impotência. Para isso, o filme demarca bem sua posição, vilanizando pessoas e delatando instituições, sem sutilezas, mas com coragem.

História importante com grandes reflexos em nosso tempo, fala de política, de preconceito, perseguição, o julgamento em si é surreal, uma farsa desde o começo, e algumas atitudes indignam a gente de tal maneira que faz com que nos identificamos com os personagens instantaneamente, o tom mais leve que alguns trazem pra historia as vezes destoa um pouco, parece que nos tira um pouco o foco da injustiça, deixa leve algo que é assustador! Mas um bom filme, com uma importante mensagem.

Cria revolta e a sensação de injustiça em vários momentos. Os diálogos rápidos e inteligentes são frequentes. O problema é o tom apelativo. Falta Sorkin confiar mais no seu publico ou parar de querer ganhar outro Oscar. A potencia que o filme poderia ter é constantemente prejudicada pela comedia fora de tom, diálogos explícitos demais e pelos temas importantíssimos que não são tão explorados. Cai para o filme "certinho" do ano e perde a relevância que deseja e que essa historia merecia.

O filme tem alguns atores engomadinhos pelos quais nutro extrema antipatia (e não sou nem um pouco fã tbm do Baron Cohen que sai mais ou menos tentando ser engraçado) de resto flui bem, salva um ou outro momento e diz alguma coisa.

Embora pouco ousado, Sorkin apresenta uma direção segura e um filme coeso, dinâmico e com diálogos bem construídos, que consegue reconstruir de forma brilhante a sensação de injustiça e a comoção geradas por um dos principais julgamentos da história americana, sendo este, certamente, o seu maior trunfo. Destaque para a atuação de Sacha Baron Cohen.

A tradicional verborragia de Aaron Sorkin em um tema e período já retratados de maneiras bem mais interessantes, seu início de carreira na direção ainda não decolou.

O caso dos 7 de Chicago foi mega emblemático e merecia um filme mainstream, além da mensagem de politização do judiciário, sempre importante, ainda + no contexto atual. Excelente. Mas me decepcionou. Como filme de tribunal achei fraco, a desordem no tribunal e a vilanização escancarada do juiz me soaram de mau gosto. Além do +, a contextualização e a narrativa são confusas, e faltou uma tese a ser desenvolvida. O alívio cômico, em especial c/ S.B.Cohen bem demais, salvam o filme p/o gde público.

Dizer que é mais uma excelente produção da Netflix já é chover no molhado, um tema atual e verídico retratado de modo inteligente, leve e com doses de humor e sarcasmo, muito bom… Apaixonante, como não se revoltar com o racismo absurdo, e se comover, se admirar pela luta e coragem de poucos… Adorável...