Lupas (21)

Divertido. Shyamalan mandou bem nesse aqui.

Os estúdios queimam dinheiro financiando as sandices de Shyamalan. De novo, o indiano apresenta uma bobagem em termos de roteiro e encenação, forçando a barra nos diálogos e nos perfis de todos os personagens. Mesmo dentro de uma proposta de ficção científica, a execução é falha.

Suspense de alto nível, cria um mistério muito interessante e segura a atenção o tempo todo. É impressionante e inesquecível, originalidade destacada. As revelações finais, novamente explicando o impossível com simplicidade (de modo quase despercebido), fecham muito bem. Tal como Hitchcock, Night costuma fazer todos os seus personagens inteligentes. Como é ótimo ver algo assim.

Telecine, 03-01-2023

Sou super suspeita porque amooo M. Night Shyamalan, um dos meus diretores multifacetas preferido, aquele que deveria produzir um filme por ano, no mínimo, já estávamos com saudade, desde a pandemia, mais uma obra maravilhosa, ora bizarro, ora extravagante, questionador, dúbio, estranho, mas nunca um lugar-comum, gerando amor e ódio, inovando sempre, lidando com o mágico, o encanto, plot twist, como em todos os seus filmes, aqui penas o desfecho ficou aquém da obra magnífica...

Tem atropelos expositivos e uma dificuldade em criar a empatia necessária, mas o tema é muito maior do que lidar contra o tempo: o pragmatismo e o imediatismo da sociedade pós-moderna, a ideologia da juventude, a comercialização dos medicamentos passando por cima de valores morais, a tentativa do homem de sempre subjulgar a natureza aos seus interesses. É um filme cuja premissa se revela muito maior do que a execução, mas ainda assim ótimo, bem melhor que a conclusão de sua trilogia heróica

Os mistérios na praia e as reflexões sobre o tempo e as relações humanas mantém o interesse no decorrer do filme, porém seu final parece mais esquisito do que surpreendente.

Crianças mudam de aparência entre 6 e 18 anos em questão de minutos e a mãe diz: "deve ser algo que eles comeram". Com isso Shyamalan parece rir da cara do espectador com um monte de galhofada, inclusive seu final, algo dos piores desde o horrorendo Fim dos Tempos. Salva a ambientação e ares de suspense durante a execução

O filme é plasticamente bonito e até consegue construir uma atmosfera de suspense bem interessante, mas é tão inverossímil com o tema, que chega a subestimar a inteligência do espectador. Por exemplo, os meninos crescem como um passe de mágica, enquanto os pais exibem rugas superficiais, mesmo estando com 50 anos de idade.Shyamalan, bem diferente do ótimo Fragmentado, repetindo os mesmos erros de Fim dos Tempos!

A premissa é intrigante. Uma pena o desenvolvimento ser precário e insosso. Acho que os detratores de Shyamalan merecem ser ouvidos. Talvez tenham coisas interessantes a dizer.

- 418º filme de 2.021! Visto em 05/11... - Fraco... - Decepcionante é a palavra que define esse filme, por ser um filme do M. Night Shyamalan, pelo enredo ser muito bom e pelo trailer ter sido empolgante, além do elenco, onde só se salva a futura estrela Thomasin McKenzie (futura ou atual?), além de uma pequena participação da ótima Eliza Scanlen! Prometeu muito e entregou pouco, e o tradicional plot twist é forçado demais! Esperava mais...

Se o menino envelhece mais ele vira o Marcos Palmeira.

Tudo soa meio exagerado, explicado e cafona demais. Por momentos parece que estamos assistindo um episódio de série de televisão sobre alguma conspiração ou experiência maluca com seres humanos. Mas ainda que o apelativo predomine, o novo filme de Shyamalan desperta interesse e consegue transpor parte do seu conceito esquisito de contar histórias.

Quase um bottle movie pela sua ambientação restrita. Contudo, diferente do costumeiro em situações limitadoras como esta, o filme não se dedica a diálogos elaborados. O roteiro, na verdade, parece até simplório no sentido de texto e dramaturgia. Com isso, Shyamalan se dedica a uma mise-en-scène que assume, desde cedo, uma ingenuidade que faz muito bem ao filme.

Filme extremamente óbvio e com final super didático. Uma bobagem lamentável, considerando outras obras de Shyamalan.

Shyamalan até ganha pontos por ter conceitos e ideias nada usuais para os padrões hollywoodianos, mas Tempo expressa erros gravíssimos de linguagem cinematográfica (diálogos expositivos, cenas com péssimos timing e atuações mal calibradas). Sua dificuldade de acertar o tom entre drama e suspense é patente. No mais, se salva por um twist bem justificado.

Shyamalan segue autoral, original e ousado, num filme alegórico e de certa forma profundo. Na Hollywood atual cada vez mais são lançados filmes genéricos e covardes, mas "Old" nos traz um novo fôlego.

Um cinema rico em metáforas que se torna pobre quando se perde em excessivas explicações.

Independentemente de seus inúmeros defeitos(verborragico, atropelado, falta de coesão entre cenas, atuações plasticas), seu roteiro surrealisticamente original garante diversão, reflexão e ótimos takes(muitos com um quê experimental). Apesar da confusão narrativa entre as histórias, o drama de alguns personagens merece destaque: a caricatural Chrystal e toda o trabalho de corpo feito pela sempre boa Krieps. Alguns do simbolismos (e existem MUITOS) chegam a ser poéticos. Um jovem cult!

Um atropelo verborrágico delirante, no pior dos sentidos. Não há timing para nada e há múltiplos momentos insuportavelmente constrangedores. É tudo tão unidimensional, absurdo e rápido, que simplesmente não há coesão narrativa que permita empatia pelos personagens e seus dilemas. O argumento é instigante e a resolução tem seu poder, mas seus potenciais parecem distantes e maiores do que o filme em si. Shyamalan errou feio na condução. Indefensável.