Confessional como nunca, Gray abraça sua infância e compartilha um recorte dela, ambientada no nascer da década de 80. Seu convite ao prosaico pode soar um pouco estranho de saída, e a ausência de um clímax estonteante deve desagradar alguns. É, porém, um retrato honesto de um tempo e atravessado por muito sentimento.
De certa maneira um retrato dos Estados Unidos nos inícios dos anos 80 com a expectativa dos anos ultraconservadores da era Reagan que viriam, mostrando as complicadas relações raciais e étnicas com as diferenças de classes sendo definitivas em diversos momentos. Se Gray nos joga interessantes temas, seu desenvolvimento e a relação dos personagens não engrenam, se tornando no final das contas em algo pouco interessante.
O ator mirim Banks Repeta dá um banho de atuação, e Anthony Hopkins dispensa comentários. No mais, me parece que faltou algo para encerramento da história. A mensagem, super importante, porém entregue de forma muito corriqueira.
- 457º filme de 2.022: visto em 14/12...
- Bom...
- Um filme irregular, que começa muito bem, mas não mantém o nível até o final! Tem uma certa semelhança com "Belfast" (2.021) até mesmo na questão do ator mirim ofuscar os veteranos, que também estão muito bem em cena e fazem do elenco a maior força de ambos os filmes! Crônicas da velha infância do diretor James Gray é um filme que, no geral, vale uma sessão...
A regularidade do James Gray é incrível. Filme muito bem construído, atuações sóbrias e seguras, inclusive da criança, e direção competente, sem encheção de linguiça.