Lupas (8)
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A ambientação é excelente remetendo ao mundo de O mágico de Oz e à personagem de Judy Garland. A paleta de cores é o ponto alto de um filme que tem uma certa dificuldade de cadência mas o que mais me incomoda mesmo é a histeria, fica difícil crer naquilo que está em tela. Ainda sim o resultado é positivo.
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Filmes de origem de personagem chegam com responsabilidade, é inevitável a expectativa que se gera pois estamos cientes do que já foi feito, se tratando de vilões, há sempre o receio de se justificar demais os atos futuros com seu passado turbulento, mas essa linha foi bem conduzida por Ti West, que ainda que escancare fatos importantes que ajudaram a moldar o terror, Mia Goth brilha ao entender que o melhor que pode oferecer é sua psicopatia, que encanta e aterroriza até os créditos finais.
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O estúdio A24 vem se destacando em filmes cada vez mais minimalistas e com direção que fogem ao senso comum. É o caso deste, que apesar de não ter um roteiro fabuloso (mas ainda assim eficiente), consegue criar a atmosfera tensa, em ritmo apropriado, claustrofóbica apesar das tomadas amplas ao ar livre, no campo, com uma protagonista e seus pais atuando na medida certa. Pearl é uma garota que aos poucos vai mergulhando em suas sensações: o prazer da morte, de tocar e explorar eu corpo. Mia Goth
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Mia Goth...
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A atriz é um achado e parece engolir o próprio filme, tirando isso tem umas referências interessantes, é um horror psicológico pop (em certos aspectos o hype do filme me lembra um pouco o hype de Drive - outro estudo de personagem perturbado e violento, mas no cinema de ação - prazer superficial, ainda que o cinema do West me agrade mais do que a obsessão indie estilizada de Nicolas Winding Refn )
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Achei melhor que X. Aqui os personagens tem profundidade, lá não.
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O melhor terror de 2022.
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Quando "The Wizard of Oz" encontra "The Texas Chainsaw Massacre". Ti West em mais uma grande direção, comandando um genuíno espetáculo de horror com a parcimônia e talento característicos do seu cinema, provando ser um dos melhores cineastas do gênero na atualidade. Mia Goth em atuação bastante inspirada (a cena do monólogo é sensacional), mostrando toda a complexidade e insanidade da sua personagem com bastante destreza. Belo, estranho, tenso e assustador, é ainda melhor que X (2022).