
- Direção
- Aki Kaurismäki
- Roteiro:
- Aki Kaurismäki
- Gênero:
- Comédia, Drama
- Origem:
- Alemanha, Finlândia
- Estreia:
- 20/10/2023
- Duração:
- 81 minutos
- Prêmios:
- 81º Globo de Ouro - 2024
Lupas (6)
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Uma Europa ultraliberal produzindo cada vez mais exploração e solidão. Tudo é mercadoria, o proletário parece cada vez mais preso a uma não existência. Qual a esperança em uma sociedade tão fria e mecanizada? Para Aki Kaurismäki é o amor, o companheirismo, o calor dos corpos, se dividir com outra pessoa. Meio ingênuo? Pode ser. Não importa. A poesia é verdadeira. Os sentimentos e sensações na imagem também. É um filme em que cada plano tem seu significado. Uma "pequena" peça de resistência.
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Super interessante, consegue mostrar bem um outro lado de uma sociedade supostamente sem problemas, tratando de temas como solidão, alcoolismo, precariedade na relação de emprego. Porém, esse modo de filmar personagens meio robotizados, sem mta expressão ou reação, nem sempre funciona (em O lagosta, por exemplo, cai mto bem), não sei se é uma característica do diretor, já q não vi outros filmes.
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A romantização da condição de vida precária pintada num quadro de comédia romântica por um cineasta claramente apaixonado por cinema (dadas as referências), mas incapaz de não afetar os personagens com seus maneirismo elitistas. Terrivelmente chato em sua maior parte do tempo, com personagens tão apáticos quanto gélidos. Ao menos acertou na lindíssima trilha sonora.
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O Kaurismaki tá filmando o mesmo filme há décadas, tudo o que tá aqui já tava em Sombras no Paraíso, Ariel, Luzes na escuridão, Nuvens Passageiras. E é impressionante como tudo continua lindo, pra quem gosta desse tipo de cinema isso não cansa, pelo contrário, fica cada vez melhor. Ninguém consegue tirar tanta emoção e humanidade de filmes, ao menos a primeira vista, tão frios e distantes. É realismo e poesia jogados na nossa cara! Melhor filme de 2023 até agora!
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Se trata do cinema padrão e corriqueiro de Kaurismaki que remete à seus títulos mais famosos dos anos 80. É tudo igualzinho e devidamente encantador como de praxe. Dois personagens proletários à margem da sociedade em busca de um pequeno afago, uma brisa de esperança. Se as folhas caem no outono, renascem na primavera.
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Amantes de Kaurismäki não terminam a sessão decepcionados, e quem tem nesse exemplar seu primeiro contato com a obra do finlandês talvez se maravilhe também. Os signos de seu cinema conciso e discreto resistem e compõem um quadro de solidão e sutil esperança numa Helsinque aparentemente perdida em algum momento do passado.