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Conheça as armas da HBO Max na guerra do streaming

HBO Max

Com menos de um ano no Brasil, a HBO Max já está comemorando os seus números impressionantes, tendo visto um aumento de 40% em relação à sua antiga plataforma de streaming por aqui, a HBO Go. Antes, ela ficava escondida na sombra dos canais homônimos na TV paga, e quase não tinha marketing – mas hoje é um dos principais serviços de streaming no país.

“Estamos muito felizes com o resultado no Brasil, que foi acima de nossas expectativas”, afirmou o general manager da HBO Max na Latam, Luis Durán, em uma entrevista à Istoé DINHEIRO.

No Brasil, a empresa cresceu tanto que ficou próxima do market share da Disney+, que chegou por aqui em novembro de 2020 – oito meses antes da HBO Max. Na frente das duas, estão a líder isolada, Netflix, e a Amazon Prime, que vem caindo levemente. Globalmente, a HBO Max conta com 74 milhões de assinantes, e vem investindo na expansão para fora dos EUA. “Começamos com a América Latina, depois uma primeira e segunda fases na Europa”, afirmou Durán, destacando que os EUA hoje representam 70% do negócio e, no mercado latinoamericano, o Brasil representa 40%.

Armas da companhia

O empresário destacou que uma das maiores armas da HBO Max no Brasil foi a compra dos direitos de exibição de campeonatos de futebol, mais precisamente a Champions League e o Campeonato Paulista. Por conta da popularidade do esporte por aqui, a tacada trouxe para o canal os ávidos espectadores de futebol – estratégia semelhante à das casas de apostas esportivas encontradas em um site confiável, que embarcaram no país com a intenção de aproveitar a paixão do brasileiro pelo esporte. Essas plataformas de jogatina também oferecem entretenimento para o torcedor, ainda dando a eles a chance de levar dinheiro para casa, caso os palpites feitos sejam vitoriosos. E o confiável.com lista uma grande variedade de operadoras de apostas para aqueles interessados em dar o seu pitaco em um local seguro e licenciado em seu país de origem.

De acordo com Luis Durán, a audiência do futebol aproveita para explorar a plataforma no final das partidas, e descobre que nela existem filmes premiados e séries famosas – mais algumas armas que captam o usuário e o mantém assistindo.

“Cada grande partida de futebol nos traz novos assinantes. São conteúdos de grande impacto. O futebol, o nosso acervo, os blockbusters e as estreias de novas séries formam os quatro blocos que trazem uma aquisição diversificada, sem grande dependência de um deles”, afirmou o executivo. Ele ainda afirma que o streaming não deve ser um inimigo da TV aberta ou paga, e que ela é “complementar”.

Apesar da empresa não revelar números, é sabido que o investimento para 2022 é alto, principalmente com marketing, tecnologia, infraestrutura e pessoal de atendimento. Vale lembrar que cada episódio de Game of Thrones custou cerca de US$10 milhões, e em outras séries o valor fica a partir de US$1 milhão. Um exemplo é a Tokyo Vice, do diretor premiado, Michael Mann, e com o ator em tendência, Ansel Elgort. Apenas duas temporadas da série ficam acima do preço gasto na produção de um The Batman no cinema, que chega à casa dos US$200 milhões (que por sinal está prestes a ser exibido na plataforma).

“Nossa estratégia de negócios na América Latina é agressiva e de inclusão. Conteúdo de qualidade, mas com preço razoável, justo. Não adianta cobrar o mesmo valor que cobramos nos EUA”, concluiu Durán, explicando como será o ataque no Brasil em 2022.

A companhia é parte da gigante WarnerMedia (que, além da HBO, também é composta pelos estúdios Warner e CNN), que fazia parte da empresa de telecomunicações AT&T. Recentemente, a WarnerMedia foi incorporada à sua antiga rival, a Discovery, que é composta por marcas como Discovery Kids, Discovery Channel, Animal Planet, Food Network, entre outras. A fusão entre as duas empresas criou o grupo Warner Bros Discovery.

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