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Memoria | Apichatpong inicia novo filme estrelado por Tilda Swinton

Figurinha carimbada e consagrada no circuito internacional de festivais, Apichatpong Weerasethakul é conhecido por um universo bem característico: tramas oníricas, herméticas, construídas por elenco e equipe majoritariamente conterrâneos — ou seja, tailandeses. Isto está prestes a mudar em seu novo filme, Memoria, que entrou em produção ontem com um grande elenco de todo o mundo.

Tilda Swinton (Suspiria - A Dança do Medo) é a grande protagonista de Memoria, também estrelado pela atriz francesa Jeanne Balibar (Guerra Fria), pelo ator espanhol Daniel Gimenez Cacho (Zama) e pelos colombianos Juan Pablo Urrego e Elkin Diaz. Essa também será a primeira vez que "Joe" (apelido fácil do cineasta de nome difícil) filma longe de casa. As gravações principais serão todas na Colômbia.

A produtora Match Factory (mesma do representante brasileiro no próximo Oscar, A Vida Invisível) revelou via Variety as primeiras imagens do filme (veja abaixo) e sua sinopse: "No filme, Swinton interpreta uma agricultora de orquídeas em visita a sua irmã em Bogotá. Lá, ela faz amizade com uma arqueóloga francesa (Balibar), em troca de monitorar um projeto de construção, e um jovem músico. Toda noite ela será incomodada por barulhos cada vez mais fortes que a impedem de dormir."

Joe explica que a Colômbia dos anos 70 e 80 era "muito mais violenta do que hoje". Nesse tempo, "enquanto as pessoas dirigiam, poderia cair uma bomba e às vezes o trânsito parava e elas não sabiam o porquê". "As pessoas imaginam coisas e têm medo. O filme é sobre isso, esperar algo que você não sabe." Apichatpong termina dizendo que as histórias de infância que ele contou passadas na mata tailandesa também inspiraram Memoria, além da própria geografia natural e construída do país sulamericano. "A Colômbia é uma paisagem ativa. Tem vulcão, deslizamentos, terremotos, minas de carvão, túneis subterrâneos."

Memoria deverá ser lançado na temporada de premiações de 2020. Uma certeza registrada na claquete é que o longa-metragem marcará o reencontro do autor tailandês com o diretor de fotografia Sayombhu Mukdeeprom (Me Chame Pelo Seu Nome), assim retomando a bem-sucedida parceria de Tio Boonmee, Que Pode Recordar Suas Vidas Passadas, grande vencedor da Palma de Ouro em Cannes 2010.

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