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Game of Thrones - S05E04 - Sons of The Harpy

E o caos foi instaurado em Meereen. Em um só ataque dos Filhos da Harpia, Daenerys perdeu dois de seus cabeças. Será que levando Tyrion à corte, a Khaleesi aceitará Jorah Mormont de volta? E o clima instável deve se espalhar por todos os cantos. Pudemos entender a real intenção de Cersei em nomear o Alto Pardal como Alto Septão: Um verdadeiro exército da fé ocupou as ruas de Porto Real, atacando tudo que é considerado "amoral", inclusive fechando o bordel de Baelish e prendendo Loras Tyrell por conta de sua sexualidade. Uma clara cutucada em Margaery. Enquanto isso, a rainha mãe praticamente dissolve o conselho, centralizando o poder antes que Tommen assuma de vez o trono de ferro. Em Castle Black seguem os preparativos para a invasão de Winterfell, ao mesmo tempo que Jon Snow precisa deixar o orgulho de lado e pedir homens a Roose Bolton, para reforçar a Muralha. Foi importante o diálogo de Stannis com sua filha, mostrando um lado do candidato a rei que até então desconhecíamos, dando uma nova cara a uma personagem que até então não criara empatia nenhuma com o público. A temporada vem crescendo a cada episódio, em ritmo cadenciado sim, mas que deve nos presentear com um final de temporada bastante empolgante.

- por Bruno Marise

Game of Thrones - S05E05 - Kill The Boy

A série amadurece, e fica cada vez mais sombria - assim como os seus personagens. Jon Snow já não é o garoto cheio de ímpeto da primeira temporada - tornou-se um líder ponderado, preocupado com a justiça mas inflexível com a autoridade que representa - sem medo de tomar medidas impopulares como libertar Tormund para tentar salvar a vida dos selvagens. Sansa, igualmente abalada e amadurecida pelo período onde foi refém em Porto Real, agora contempla em vestes escuras o que foi feito do Norte e de Winterfell, dominado de forma frágil e e cruel por Roose Bolton, que cada vez mais se vê obrigado a colocar limites no psicótico filho Ramsay. Roose é ainda mais assustador que o filho - se para o filho assassinato e tortura são um prazer e uma catarse, para ele não passam de politicagem e rotina. A frieza de suas confissões intimida e persuade até mesmo o indomável filho bastardo. Daenerys segue uma constante sua na série: o problema de governar ser dez vezes mais difícil que conquistar - agora, com cada vez menos conselheiros, põe suas emoções e ambições distantes de lado pela segurança do território já dominado, depois de vários episódios em queda de braço com os mestres de Meereen. E aproximando-se da cidade de Essos estão Tyrion e Jorah, que protagonizam uma das grandes cenas da temporada: a incursão em Valíria, terra de onde vieram os Targaryen que conquistaram Westeros, arrasada por fogo e magia. Agora uma ruína habitada por párias sociais que contraíram a doença escamagris, A atmosfera cinzenta e enegrecida da paleta de cores da sequência reforça ainda mais a tônica da série de tratar sobre civilizações em lentos colapso e a sobrevivência de desajustados - nada mais simbólico do que colocar dois nobres caídos em desgraça, que dependem mais de si do que da hierarquia para sobreviver, passeando pelas ruínas de uma civilização confiante demais em seu próprio poder. Nada mal para um episódio que tua como uma “ressaca” do quarto, gerenciando seus picos na explanação das consequências.

- por Bernardo Brum