Em 1976, Marlon Brando e Jack Nicholson encontravam-se no auge de suas carreiras após ganharem o Oscar: Brando, pelo papel de Dom Corleone em "O Poderoso Chefão" (The Godfather, 1972), e Nicholson, pelo papel de R.P. McMurphy em "Um Estranho no Ninho" (One Flew Over the Cuckoo's Nest, 1975).
Por isso, é justo imaginar que o faroeste Duelo de Gigantes (The Missouri Breaks, 1976), dirigido pelo consagrado Arthur Penn e encabeçado por essas duas estrelas, fosse um grande sucesso de crítica e público. Porém, o resultado foi, no máximo, medíocre.
Tom Logan (Jack Nicholson) comanda um bando de ladrões de cavalos que frequentemente roubam os animais do rancho do Sr. Braxton (John McLiam), homem poderoso na região. Quando um dos capangas de Braxton é morto pelo bando de Logan e o mesmo começa um relacionamento amoroso com sua filha, o fazendeiro contrata um caçador de ladrões chamado Robert E. Lee Clayton (Marlon Brando) que irá infernizar a vida do bando.
O maior erro do filme de Arthur Penn foi criar expectativa em torno do possível embate entre Logan e Clayton, mas entregar um desfecho preguiçoso que jogou toda a caracterização de Brando como uma personagem poderosa e misteriosa no lixo. A trilha sonora do grande John Williams, que poderia e deveria realçar a sequência da caçada aos bandidos por Brando, não é bem utilizada por Penn.
Há ainda o romance pouco plausível entre Logan e a filha de Braxton, que se apaixona mesmo após saber que ele foi à um bordel e pode ser um criminoso.
Enfim, Duelo de Gigantes parece a prova de que nem dois atores premiados com um cachê milionário podem salvar um filme medíocre do fracasso.
Comentários (0)
Faça login para comentar.
Responder Comentário