Um típico filme dos anos 80 com uma boa dose de estilos como o pop culture, black power e, claro, as artes marciais. Podemos considerá-lo um "Guilty Pleasure" por muitos considerá-lo um bom filme mas ninguém assumir, e, eu o assumo, apesar de ser um filme besta, é tão besta que chega a ser bom. Confuso não? É melhor ver e também se sentir como eu.

A história começa com Leroy Green, um lutador de kung-fu do Harlem, que está em busca do último grau do seu treinamento – conhecido como The Glow (traduzido toscamente para "O Brilho" na dublagem brasileira). Como seu mestre já não tinha mais o que lhe ensinar, Leroy foi em busca de mais conhecimento para alcançar o poder. Assim, acaba cruzando o caminho do seu rival, Sho’nuff, o Shogun do Harlem (uma mistura de Gene Simmons do Kiss com black power, armadura de samurai, óculos “veneziana” e Shao Kahn do Mortal Kombat), que é quem realmente torna o filme divertido e atrativo, um dos melhores vilões da época. Interpretado brilhantemente por Julius Carry que nos deixou em 2008 por um câncer no pâncreas. No decorrer da história também surge uma famosa apresentadora chamada Laura Charles por quem Leroy se apaixona e depois deve tentar resgatá-las das mãos de um produtor musical que acaba por se aliar à Sho’nuff. Assim Leroy deve superar seus limites para derrotar Sho’nuff e ter a sua amada de volta.

Claro que o filme tem seus defeitos, que são inúmeros, mas que, por tanta tosquice reunida, acaba se tornando algo gostoso de se acompanhar, assim como muita gente acompanhava o Chapolin e ria dos seus "defeitos especiais", é uma comparação semelhante. É tão bom que em 2008 já se cogitou fazer um remake com Samuel L. Jackson assumindo o papel de Sho'nuff, porém, até o momento, a idéia não foi à frente. Vale lembrar um feito importantíssimo desse filme que foi concorrer ao Globo de Ouro de 1986 na categoria "Melhor Canção Original" pela pela canção "Rhythm of the Night".

Para quem gostava daqueles filmes de luta como o Karatê Kid e o Grande Dragão Branco, esse filme é um prato cheio, diversão na certa. Quem nunca viu e se divertiu com esse filme e suas famosas frases, como "Quem é o Mestre?", corra, está perdendo!