Pessoas que sofrem preconceito sejam eles quais forem nem sempre são retratadas como deveriam, mas esse não é o caso de Teena Brandon ou Brandon Teena.
Sua história de coragem e vontade de viver sua verdadeira identidade é honesta, brutal e merece ser vista e por abaixo preconceitos.
Kimberly Pierce dirigiu a história de Brandon Teena duas vezes, em seu 2º trabalho na direção com o curta-metragem “Boys Don’t Cry” (1995) e quatro anos depois em seu primeiro longa-metragem de mesmo nome.
O roteiro de Kimberly Pierce e Andy Bienen é forte, verdadeiro, chocante e de forma alguma estereotipado.
Nem sempre filmes ruins e papéis inexpressivos são sinônimos de falta de talento, mas sim de oportunidade ou sorte talvez, como foi o caso de Hilary Swank (Brandon Teena) que agarrou a chance que teve e mostrou todo seu potencial.
Como a produção era independente, todo processo de laboratório ficou por conta de Swank, que de forma simples e realista foi além da caracterização, entregando-se de corpo e alma ao personagem de forma extraordinária e marcante.
Outros destaques ficam por conta de Chloë Sevigny (Lana Tisdel) em excelente atuação e Peter Sarsgaard (John Lotter) um excelente ator, que ainda merece reconhecimento.
Por sua brilhante e irretocável atuação, Swank venceu o Oscar e o Globo de ouro de Melhor Atriz e Sevigny merecidamente foi lembrada nas indicações.
Um soco no estômago, serve muito bem para explicar a experiência de assistir um filme como esse e não poderia ser de outro jeito, por isso que a diretora Kimberly Pierce deve ser lembrada pela coragem de levar um projeto assim adiante.
Este ano Brandon Teena faria 40 anos, mas sua memória permanece e com o filme sua história deve ser vista como um forte combate ao preconceito e todo o mal gerado por ele.
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