Cŕítica: Borat 2: Fita de Cinema Seguinte (2020) - Sophia Mendonça
Há quatorze anos, o comediante Sacha Baron Cohen, exímio em caracterizações, surpreendeu ao desenvolver e interpretar Borat, personagem que lhe rendeu dois Globos de Ouro de melhor ator cômico. Borat é um jornalista cazaquitanês machista e anti semita ao extremo que interage com pessoas que não sabem estar lidando com um ator. Disso surgem situações que favorecem humor ácido e arriscado a serviço de uma potente crítica politico-social.
Cohen tentou fazer algo parecido no irregular "Bruno" (2009) e atuou em superproduçôes como "Os Miseraveis" (2012) e "Os 7 de Chicago" (2020), pelo qual concorre ao Oscar deste ano. Ele encontrou no polêmico contexto de início da pandemia do Coronavírus e manifestações pró-Trump o cenário perfeito para evidenciar a atualidade de seu trabalho.
Os principais diferenciais desta sequência para o original são o humor um pouco menos agressivo, com pausas reflexivas, e a presença de Maria Bakalova como a filha de Borat. A atriz búlgara protagoniza algum dos momentos cruciais do filme, em papel que lhe rendeu uma merecida indicação ao Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante.
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