Partindo de um argumento muito interessante, "Fada Madrinha" se consagra por meio da autoparódia crítica e pela excelente dupla de protagonistas formada por Jillian Bell e Isla Fisher, que dão uma cor especial a essa produção.
Eleanor (Jillian Bell) é uma fada madrinha em treinamento. Temendo pelo fim de sua profissão, ela encontra uma carta de Mackenzie (Isla Fisher), uma menina de 10 anos que necessita de ajuda.
Ao tentar localizar a jovem, Eleanor acaba descobrindo que ela, agora, é uma adulta, viúva, de 40 anos.
Embora seja um misto de diversos clichês de filmes da Disney, abusando de fórmulas muito visitadas em filmes feitos sob medida para o entretenimento familiar, a obra tem diferenciais marcantes.
O talento, carisma e habilidade para humor de Jillian Bell, que vai ao fundo de cada exagero sem soar afetada, e de Isla Fisher, em um de seus papéis mais discretos na comédia, mas com um timing perfeito para cada piada, se complementam e aproximam às personagens principais do público, além de arrancarem diversas gargalhadas.
A química entre a dupla revela-se outro ponto forte, construindo arcos narrativos que envolvem e cativam quem acompanha a história, que nos convida a repensar a estrutura dos contos de fadas sem deixar o encanto de lado.
A maneira como os figurinos e direção de arte são trabalhados entre a Terra Madrinha e o mundo cotidiano, sem criar uma dicotomia mas trazendo às telas doses bem calculadas de beleza, extravagância e estranhamento, também merece destaque.
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