A ótima nova versão da lenda de "Mulan" produzida pela Disney descarta o estilo bem-humorado e parte do tom encantado recorrente nas obras do estúdio como uma opção de conferir maior verossimilhança e um teor mais adulto à trama.
Hua Mulan é a espirituosa e determinada filha mais velha de um honrado guerreiro. Quando o Imperador da China emite um decreto que um homem de cada família deve servir no exército imperial, Mulan decide tomar o lugar de seu pai, que está doente.
Assumindo a identidade de Hua Jun, ela se disfarça de homem para combater os invasores que estão atacando sua nação, provando-se uma grande guerreira.
A escolha da cineasta Niki Caro de uma maior aproximação com os universos de heroínas do que de princesas é adequada dentro da proposta deste novo longa-metragem.
Assim, a história é narrada com pequenas modificações pertinentes à época atual e, sempre com sutileza e delicadeza, abre mão de boa parte de momentos romanceados e/ou românticos, o que se revela uma abordagem corajosa e surpreendentemente agradável.
Esse recorte acaba sendo fundamental, inclusive, para fortalecer os momentos ternos em que a obra flerta com o romance, o que é favorecido pela composição interessante de Liu Yifei no papel principal.
Sem soar didática, a produção revela um cenário machista de um determinado momento histórico da China do qual emerge uma mulher forte que se torna lendária, contando também com direção de arte e figurinos de alto nível.
Comentários (0)
Faça login para comentar.
Responder Comentário