Crítica: Os 7 de Chicago (2020) - Sophia Mendonça
"Os 7 de Chicago" aborda, de maneira crítica, diversos temas relevantes acerca do poder judiciário e os perigos de quando ele é enviesado por interesses políticos, o que acaba por fragilizar toda uma democracia.
O mais interessante dessa obra situada no final dos anos 60 é como ela, sem soar panfletária, dialoga com assuntos pertinentes ao momento atual dos Estados Unidos.
Baseado em uma história real, o longa-metragem acompanha a manifestação contra a guerra do Vietnã que interrompeu o congresso do partido Democrata em 1968. Ocorreram diversos confrontos entre a polícia e os participantes. No total, dezesseis pessoas foram indiciadas pelo ato.
Trata-se de mais um daqueles filmes que parecem ter sido feitos sob medida para faturar o Oscar, com uma estrutura dramática tradicional, bons diálogos e elenco eficiente, com destaque para Eddie Redmayne (vencedor do Oscar por "A Teoria de Tudo") e Sacha Baron Cohen ("Borat").
Apesar do tom um tanto quanto artificial da narrativa pesar em dados momentos e de certa falta de unidade entre os aspectos que compõem o longa-metragem, as reflexões por ele suscitadas são fortes e em nenhum momento chegam a ser invalidadas.
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