Lisa Frankestein é uma curiosa adaptação do clássico de Mary Shelley com uma vibe oitentista. Este filme provocou altas expectativas em função do roteiro da experiente e talentosa Diablo Cody, que já nos presenteou com obra-primas do quilate de Juno e Garota Infernal, obras com as quais o longa-metragem de 2024 guarda algumas similaridades.
Além disso, a direção de Zelda Willians apresenta uma inspiração evidente no estilo de Tim Burton, principalmente em clássicos como A Noiva Casáver e Edward Mãos de Tesoura. Isso pode ser observado no lirismo gótico que aparece em diversas cenas e vai da estética às interpretações, passando por algumas situações um tanto quanto absurdas.
O filme acompanha uma menina traumatizada pela morte da mãe, com um jeito de ser antissocial, papel de Kathryn Newton. Ela é uma personagem complexa, por vezes fria e antipática, e cabe à atriz sustentar todo o arco da narrativa.
Nesse sentido, Lisa Frankenstein surpreende por não ceder aos lugares comuns na abordagem da adolescência em seus aspectos morais. Com isso, deve dividir opiniôes sobre a maneira como discute noções como a inconsequencia juvenil e o isolamento do bullying nesta fase da vida. O aspecto romântico da produção, aliás, é igualmente excêntrico. No fim, cabe à Lisa Soberano o único papel que evoca doçura e bondade no filme de um modo mais puro.
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