Usa duma dialética entre imagem - sertão esplendoroso - e narrativa - personagens num processo de defenestração mental e física (a mulher muito principalmente) -, para propor uma digressão acerca das contradições de um nordeste em ebulição que se configura como território problemático que tem reiterações sobre dramas de um Brasil subdesenvolvido. Apesar de alguns diálogos fuleiragens em seu proselitismo adolescente aqui e acolá, tem o mérito em não fazer uma cosmética da fome do nordeste.

Pincela os mais variados chavões do gênero e os utiliza de forma preguiçosa. Me parece que tudo é visado a se segurar pela surpresa em seu findar, que pelo decorrer da metragem já deixara pistas de que aquele troço não era só um treinamento. A ação é enfadonha pra cacete. Salvam-se os nomes mais graúdos do elenco.

Caralhada tresloucada que teima em se vender como subversiva, quando serve de vitrine para o fanservice masturbatório (até com boas adições), com poucas subversões tácitas. Fresca consigo pra se mostrar como engraçadão. Fora a esperta primeira cena e alguns pontos soltos, segue a máxima da ação desinteressante de filmes da marvel num projeto que mete em tela repetidamente uma esculhambação, que agora aponta para um pasteurizado esquema de diversão disney para "maiores" (adolescência tardia).

Aposta na continuidade do universo mitificando Cesar e contrapondo personagens que buscam seguir alguns dos ensinamento do mito, às sua maneiras. Tudo bem superficial, mas o que lasca é o caráter asséptico das peças e das cenas de ação ordinárias. Não tem estofo para que haja algum tipo de baque mínimo que fique na mente por mais de 2 minutos. Os efeitos continuam a impressionar, mas os personagens símios são tão desprovidos de qualquer tesão que tudo mais parece uma punhetagem em CGI.