Sean Penn é o ponto alto do filme.
Baseado na história real de Harvey Milk (Sean Penn), um homossexual comum nos anos 70, que cansado de tanta violência e preconceito contra os homossexuais decide agir. Ele começa pelo Castro (ponto gay de São Francisco), e enfim, se candidata a vereador da cidade. No filme vemos o esforço, a batalha, os amores e as pedras no caminho de Harvey Milk até sua candidatura.
O filme conta a história a partir da narração de Milk, após ser ameaçado de morte, ou seja, a história se alterna entre a narração e flashbacks. As ameaças estão presentes, o medo dos gays em relação ao mundo, a vontade de lutar por algo, que até então, é impossível, inalcançável, mas, acreditando que com coragem e determinação eles poderiam conseguir. E essa coragem também podemos sentir, destaque para Gus Van Sant, que conseguiu extrair isso dos atores, transmitindo tal realismo para os espectadores.
Sean Penn, está excelente no papel, ele incorpora a personagem de tal forma, que nos faz crer que ele é o Harvey Milk, é claro que isso é a função do ator, mas ele a faz com muita verdade. Ele não deixa escapar o mínimo detalhe, como um movimento de mão, um olhar sem graça, um sorriso amarelo, ou qualquer outro detalhe. Sinceramente, não acredito que um outro ator caiaria melhor nesse papel do que ele. Uma escolha e uma interpretação excelente.
Josh Brolin interpreta Dan White, uma personagem “de mal com a vida”, poucos sorrisos e muita cara séria, e ele o faz com louvor, mereceu sua indicação ao oscar. O restante do elenco faz o que deveria ser feito, nada excepcional, mas também ninguém deixa a desejar, exceto Emile Hirsch, que merece atenção especial, se destaque no elenco de suporte.
Um filme com uma história de exemplo, com um bom drama, excelentes atuações, e, apesar de em alguns momentos a história se desenvolver de forma lenta, ele vale o preço do ingresso.
Comentários (0)
Faça login para comentar.
Responder Comentário