Lupas (799)
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Coppola, em uma jornada claramente psicológica, inspira-se em Antonioni para desconstruir seu personagem principal (Gene Hackman, em grande interpretação) e concatenar tensão, curiosidade e reflexão social dentro de suas duas horas de duração.
Gabriel Frati | Em 29 de Abril de 2018. -
Mesmo que resvale em certas tolices, não deixa de ser interessante acompanhar a alegoria composta por Denis, conjugando em sequência as incongruências das relações amorosas justamente para desmontá-las junto da própria busca por um grande amor também.
Gabriel Frati | Em 29 de Abril de 2018. -
Del Toro trabalharia melhor essa sua linha narrativa: os dramas sociais construídos sob a perspectiva de uma fábula infantil (i.e. "O Labirinto do Fauno"), inclusive abordando o mesmo momento social. De todo modo, seu talento já era evidente.
Gabriel Frati | Em 29 de Abril de 2018. -
Uma pena que o ritmo acelerado dos diálogos e da trama tenham sido condensados em uma duração tão curta, o que invariavelmente resulta em uma narrativa confusa e até mesmo cansativa, pois, seus personagens e o climão noir instalado são certeiros.
Gabriel Frati | Em 29 de Abril de 2018. -
A montagem "bizarra" é uma forma brilhante de organizar a nebulosa atmosfera de sua trama, intrinsecamente perturbadora e fortemente analítica. "Inverno de Sangue" é o famoso pacote completo: direção, fotografia, edição, atuações, roteiro, tudo funciona.
Gabriel Frati | Em 29 de Abril de 2018. -
Para além da caminhada de Koreeda por um "filme de gênero" e suas limitadas estruturas, o cerne e os valores de seu cinema permanecem. O propósito das discussões pode até ter menor amplitude, mas a classe e a força das imagens do diretor persistem.
Gabriel Frati | Em 29 de Abril de 2018. -
A sensação que fica ao final da projeção é de uma trama esticada em excesso pela necessidade de alongar e explorar diálogos, os quais, ao final, não deixar de soar redundantes dentro da proposta do filme. Os personagens e o tema mereciam melhor resultado.
Gabriel Frati | Em 29 de Abril de 2018. -
O fim que é começo, que derruba e planta árvores. A passagem pela vida e o fim sob o olhar crítico, filosófico e apurado do Tarkovsky, que discute assuntos panorâmicos como religião e espiritualidade, mas sem deixar de lado a (sua) perspectiva individual.
Gabriel Frati | Em 29 de Abril de 2018. -
Keaton era um formidável compositor de cenas que prendem nosso olhar não só pela simpatia do que está na tela, mas, sobretudo, pela paixão e inteligência dos seus trabalhos. A cena da noiva no banheiro é uma das maiores representações disso.
Gabriel Frati | Em 29 de Abril de 2018. -
Menos ácido e crítico do que o argumento supõe, "Vida de Cachorro" fica no meio do caminho entre os trabalhos mais inocentes e puramente cômicos de Chaplin e aqueles em que o olhar social se sobrepõe aos esquetes de humor. Ainda assim, ótimo filme.
Gabriel Frati | Em 29 de Abril de 2018. -
A construção dúbia, que trilha os caminhos da loucura conspiratória individual e também da tradicional estrutura de "casa assombrada", funciona bem. Além disso, a elaboração cênica utilizada para sedimentar a tensão do ambiente permanece forte ainda hoje.
Gabriel Frati | Em 29 de Abril de 2018. -
No terceiro filme da "franquia", Raimi assume totalmente a veia cômica da série, o que de certa forma representa o frescor necessário para justificar a própria existência do longa. Por outro lado, alguns dos problemas dos filmes anteriores permanecem.
Gabriel Frati | Em 29 de Abril de 2018.