Lupas (799)

Dolan asfixia seu bom roteiro com mil e uma estripulias quase sempre equivocadas na direção. É uma pena que um bom material como esse, com boas atuações, fique quase inaproveitável. Dá para ver muito de bem de que buraco "É Apenas o Fim do Mundo" saiu.

Outro exemplar que consegue se destacar por seus próprios elementos e qualidades, ainda que não seja uma temática propriamente inovadora. A força e palatabilidade de seu protagonista são suficientes para sustentar seus 100 minutos de duração.

Elizabeth Taylor em grande atuação e um materialmente poderosíssimo sobre a dinâmica familiar e a moldagem de um caráter. Invariavelmente acaba se tornando um falatório sem fim em alguns momentos, mas continua sendo um ótimo filme.

Aqui, a narrativa repleta de subtramas e alegorias típica dos filmes de Miyazaki consegue encontrar seu melhor equilíbrio. Além disso, certamente está entre os visuais mais belos e complexos de sua filmografia, o que significa MUITA coisa.

O tema já é bem requentado - o que torna a necessidade reafirmar esse tipo de coisa em tempos atuais algo ainda mais absurdo, mas a qualidade de seu elenco de modo geral e alguns momentos inspirados conseguem destacar o longa da multidão.

Há uma certa aceleração da trama em alguns momentos, o que impede um melhor desenvolvimento das múltiplas camadas do romance e da própria relação do casal principal. Tecnicamente é um primor, mas há espaço para algo maior com este material.

Um belo e singelo retrato sobre o envelhecimento e a aceitação de seu próprio destino, por meio de um complexo personagem brilhantemente defendido por Harry Dean Stanton. Uma despedida com estilo do ator.

McDonagh conseguiria um melhor caldo em sua abordagem tragicômica no futuro, mesmo que este não possa ser visto de forma alguma como um fracasso. O humor negro quase sempre funciona, mas é com o drama e um elenco competentíssimo que o longa brilha de fato

O humor não funciona muito bem e a própria narrativa apresentada não chega a ser particularmente inspirada ou marcante. Ainda assim, Waititi consegue construir um conjunto simpático, especialmente a partir de seus bons protagonistas.

Tecnicamente exemplar e com elenco charmoso, esta nova versão é demasiadamente morna, ainda que a elegância da direção de Branagh tente surpreender. Deveria haver mais motivos para que esse filme fosse feito além da mera realização de um esforço técnico.

Simpático drama sobre as dificuldades humanas relacionadas ao pertencimento, à perda e à convivência familiar. Sua sensibilidade é notável em todos os quesitos, mas especialmente no trabalho da jovem Laia Artigas e da diretora Carla Simón.

Falta ritmo, força e coesão à trama de modo geral, que fica abaixo daquilo que os Dardenne já ofereceram, ainda que siga boa parte do estilo que os consagrou: perspectiva realista, falta de trilha sonora e a ênfase às mazelas cotidianas e aos personagens.