Lupas (322)
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Aposta na nostalgia enquanto quer modernizar a fita na tecnologia empregada e busca atingir os mais variados públicos (alguns que nem iriam atrás material), porém acaba por não contemplar frontalmente nenhum dos supostos grupos de foco. Não consegue criar o clima forte de aventura que os outros propunham e nem sai do muro entre o exagero e a sobriedade. Fica num limbo que gera mais melancolia que interesse. Mas sempre é sensacional ver o Indiana Jones em ação mesmo assim.
Ted Rafael Araujo Nogueira | Em 04 de Agosto de 2023. -
Mantém o climinha família do segundo filme e posiciona-se estrategicamente como o suposto final do grupo. Apostando na história de origem do personagem mais interessante da trilogia, parte da junção de duas narrativas para se justificar. A fórmula cansa nesse terceiro filme, mas a produção caprichada (uma obrigação que da última grande leva de filmes da Marvel, e esse em questão foi o único a cumprir) é salutar. Tem uma cena de ação divertida em plano-sequência. De resto é ordinário.
Ted Rafael Araujo Nogueira | Em 03 de Agosto de 2023. -
É uma colcha de retalhos de elementos de outros filmes envernizados por uma animação competente. Interessante a assertiva ao bater nos poderosos da monarquia ao fim, mas nada que não tenha sido visto antes. A intenção é só divertir descompromissadamente, e é aí que ganha alguma margem na criação dos Monstros e em alguns embates.
Ted Rafael Araujo Nogueira | Em 29 de Julho de 2023. -
Material que busca homenagear o ícone pop Nicolas Cage se utilizando de tentativa de criação tresloucada de narrativa que aposta na metalinguística se ancorando, obviamente, na figura do Cage (dos Cages). Diverte pela existência da obra e pelas referências ao astro, mas detém-se sobre uma narrativa de espionagem sem que haja um abuso em exagero que realmente sirva como ponto de ebulição representativa do Cage. Faltou, exagero, loucura e gritaria. Ver o Cage parodiando a si mesmo é sensacional.
Ted Rafael Araujo Nogueira | Em 15 de Julho de 2023. -
Acerta na construção histórica de um produto vinculado a um mítico jogador de basquete. Tem direção correta e ótima representação dos anos 80, porém não transmite a envergadura completa do que promete na compleição do tênis. Nada que atrapalhe o resultado final. Bom elenco.
Ted Rafael Araujo Nogueira | Em 14 de Julho de 2023. -
Uma espécie de refilmagem vendida espertamente como sequência que busca atualizar as motivações e situações dos filmes do Godzilla para os anos 80. Aliando temas da guerra fria com o visual que a década ensejava. Primeiro filme da era heisei do monstrão. Saem as piadas e entra a melancolia política e social de ressaca da década antetior. Atualizações de trucagens do suitmation e da miniaturas completam o bom trabalho. O núcleo humano não compromete. Godzilla raiz detonando o que vê.
Ted Rafael Araujo Nogueira | Em 12 de Julho de 2023. -
Aqui mais um filme retalhado e saturado de super-herói que pelo menos não tem lá muita vergonha em se expor como pastiche que é. Se segura (mais um) na nostalgia como uma muleta a serviço do fã - algo que gera momentos excelentes (Batman do Keaton) e outros divertidos (versões do superman, que existiram e uma aguardada que jamais rolou) -, mas que gira em torno de si sem saber direito o que fazer com a caixa de pandora que abrira. É um desperdício de personagens e oportunidades para a ação.
Ted Rafael Araujo Nogueira | Em 07 de Julho de 2023. -
Busca manter um foco nos relacionamentos dos personagens do núcleo Creed, com escolhas dramáticas, porém menos chorosas que o habitual ao menos. Possui um bom antagonista com motivação decente. A estrutura do filme repete cacoetes dos filmes anteriores, dos filmes Rocky e do cinemão de ação em geral, mas sem carisma ou projeção decente que cause algum impacto nas escolhas de roteiro. Tem uma direção até acertada do Jordan, que continua inexpressivo como sempre quando atua.
Ted Rafael Araujo Nogueira | Em 07 de Julho de 2023. -
Aposta no subterfúgio da violência escrachada com humor pra vender narrativa adolescente, propondo algumas boas referências ao personagem Drácula, principalmente ao filme de 1931. Tem alguns personagens avulsos que não somam com suas subtramas, mas diverte em sua porralouquice e tem um ponto sensacional (salva a fita inclusive) a seu favor que é caracterização foda do Nicolas Cage com seu Drácula cínico e tenebroso. Os trejeitos e maneirismos do exagero do ator encaixam perfeitamente. Foda.
Ted Rafael Araujo Nogueira | Em 04 de Maio de 2023. -
Uma marmota. A capacidade da produção em desperdiçar uma oportunidade de exploração de um mundo novo de forma criativa é tão medíocre quanto óbvia. O que esperar de uma fita como essas que não abraça o exagero bizarro com gosto e nem se propõe a fazer uma ameaça seria a seus personagens. Fica no meio do caminho. E como tal escorrega em todas as suas escolhas. Jonathan Majors tem destaque por tentar dar o máximo de profundidade e e dignidade a seu personagem. O único destaque desse negócio.
Ted Rafael Araujo Nogueira | Em 25 de Abril de 2023. -
Segue o procedimento estético visto nos filmes anteriores com seus usos de cores e pancadaria em exagero. Consegue se impor conseguindo dribrar nalguns momentos o caráter de cansaço que uma saga desta envergadura enseja. Tem um antagonista excelente em Donnie Yen e segue o padrão próprio em esculachar um pensamento elitista nas figuras da cúpula criminosa, sempre com trejeitos escusos e farsas vistas (Bill Skarsgård). Se repete pra continuar se vendendo. E continua funcionando.
Ted Rafael Araujo Nogueira | Em 25 de Abril de 2023. -
Acerta no tom de idiotia pra abarcar a obra de início, com gráficos minimamente decentes do urso Zé Droguinha engolidor de pó. Mas o excessos de personagens em diversas subtramas acabam por travar o ritmo, deixando alguns momentos cansativos, um crime pra um filme de pouco mais de 90 minutos. A boa dose de violência aliada a alguns momentos bem sebosos e imbecis dão uma boa salvada. Diverte demais nesses pontos. Mas poderia ser bem mais subversivo e pilantra.
Ted Rafael Araujo Nogueira | Em 29 de Março de 2023.