Lupas (355)

Se transportar até a década de 70, e viver de Rock N' Roll! Essa é a real sensação que fica ao termino de 'Almost Famous'.

Numa tarde de segunda-feira chuvosa e fria, funciona.

A divertida guerra dos sexos é mero pano de fundo para Hawks, com seu tino cômico muito ácido, desfiar uma crítica mordaz a sociedade americana do inicio da década de 40.

Um Allen louco e brisado como nunca, mas divertido, charmoso e apaixonante como sempre.

Mais uma catarse de Bergman em cima de nossos recônditos. Quem não tem seus fantasmas?

A Femme Fatale forte, aventureira, mas cativante e atraente, triângulos (ou quadrados) amorosos, a síntese da masculinidade (brutalidade, paixão), a técnica e a estética apurada. 'Hatari!' é o cinema de Hawks, e o cinema "cinema" em estado bruto.

Aquela sequência final, na sala de espelhos, comprova, mais uma vez, o quão revolucionário e genial foi o cinema de Orson Welles.

Como um bom Friedkin, a câmera se destaca com excelentes planos, ditando todo o clima. Dafoe numa boa e eficiente interpretação, e o final, fugindo de clichês, me agradou bastante.

Dos créditos iniciais, com as imagens do verdadeiro esporte favorito dos homens, até a genial brincadeira da última cena, "Man’s Favorite Sport?" é equilibrado, divertido e deliciosamente charmoso.

O ritmo por vezes me incomodou, mas os instantes finais me convenceram. Em relação a 'Memento', Nolan progride na direção, mas ainda viria a melhorar posteriormente.

Um dos principais momentos de ruptura do cinema moderno, para o cinema pós moderno. Desde sua estrutura narrativa, que é um absurdo de genial, passando pelo mix de gêneros, alusivo a tudo e a todos, 'Pierrot Le Fou' é apaixonante, irretocável!

Dinâmico, inteligente, divertido. Mas o melhor é ver O'Toole e Hepburn juntos, esbanjando charme, carisma, e uma química incrível em cena.