Lupas (355)

Sua total despretensão, que o faz flui-lo tão bem. A irônica narração em off, que promete uma continuação da história, juntamente, claro, com a aclamada e deliciosa sequência no bar, são dignas de reverências.

É bom, mas Hollywood já cansou de fazer dramas familiares do tipo. O que vale mesmo aqui, é ver Nicholson e MacLaine juntos, e inspiradíssimos.

O romance definitivo!

A história, complicada e cheia de reviravoltas, é mera desculpa para que Hawks se esmere em construir a atmosfera sórdida e nebulosa, em que nada é o que parece. Bogart e Bacall formam dos pares mais implacáveis e charmosos do cinema noir!

O momento de ruptura entre o cinema clássico, e o cinema moderno. Talvez não seja (não é para mim) o maior filme de todos os tempos, mas é um dos 5 mais importantes, sem dúvidas. Welles respect!

Quando os atores "dialogam" conosco é mais do que genial! Mas a cena do controle remoto é deprimente. Se não levado tão a sério, bom.

Não é que Wyler desconstrói o sonho americano. O diretor simplesmente o destrói, o esmigalha, o despedaça. E sua ousadia de trazer isto a tona, ainda no calor do pós guerra, é algo digno de aplausos.

Polanski coloca o dedo na ferida e mostra o quão nocivo pode ser quando o ser humano se rende ao seu lado obscuro. O erótico, que poderia se tornar banal, aqui torna-se necessário e romântico. Dos mais autodestrutivos e amargos. Filmaço.

Toscão!

Filme policial dos bons, direto, sem frescura, mesmo abordando um tema extremamente delicado. A meia hora final, em especial, é ótima, e Gene Hackman é o cara!

Parte técnica impecável, fotografia deslumbrante, elencão. Definitivamente, um Scorsese menos lembrado, mas de maneira alguma menor.

Todo desconstruindo, retalhado e arrebentado, com um viés metalinguístico impecável, e duas 'femme fatales' de tirar o fôlego. Daqueles que você termina de ver sufocado.