Lupas (355)

Vingança, divergências étnicas, ou puramente ego. Alguns dos banais e recorrentes motivos para que se instale uma disputa em Western's. A briga aqui, porém, é mais louvável: a disputa por alimento, e consequentemente, pela sobrevivência.

Russel Crowe cantando (argh!); Hugh Jackman se esfacelando; a chatice caricata de Helena Bonham Carter. O único esboço de emoção está no número de Hathaway, que realmente está muito bem. No mais, bonitão e estilosão, mas chato pra caralho.

Uma canseira interminável.

Aquele final, deprimente e constrangedor, coloca tudo a perder.

Premissa fraca, em certo ponto, até previsível. A dupla estelar de protagonistas decepciona, até pela fragilidade do roteiro. Decepcionante.

Muito talento desfilando junto em cena.

No tempo em que Hollywood reunia, num projeto descompromissado, nomes como Sinatra, Crosby e Grace Kelly. Uma releitura mais sarcástica do ótimo 'The Philadelphia Story' de 1939. Daqueles filmes agradáveis de se ver.

Esqueça a questão da exploração e a aventura. Elas não são o principal por aqui. O foco de Huston é o homem e sua psique. Sua falta de escrúpulos, seu instinto individual, egoísta e mortal. Mas será que podemos mesmo julgar o personagem de Bogart?

Scottie não amou a mulher, nem a pessoa, tão pouco o corpo. Em momento algum. Sua incessante paixão e obsessão era simplesmente pela figura da suposta mulher.

A cena final funciona como um belo contraponto ao desfecho do relacionamento entre Frank (DiCaprio) e April (Winslet). Filme de certa forma profundo, e também bastante indagador.

Porque somos especialistas em querer trocar o certo e sólido, pelo duvidoso e incerto.

Ainda não desisti. Vou continuar procurando um filme verdadeiramente ruim que tenha a assinatura de Billy Wilder. Todos os grandes diretores tem um, pelo menos. Não é possível que só ele não tenha.