Lupas (52)

Sempre preferi filmes que acreditassem na mágica do cinema como efeito do não mostrar. Iñarritu, uma câmera e alguns tons de cores mortas são suficientes para que se crie grandiloquentes sequências que caberiam perfeitamente num RPG. Jamais num filme.

Rita!!!!!

Arriscar na montagem como alicerce de vários plots simultâneos resultou numa tenuidade entre uma bagunça caótica e alguns dos melhores momentos dos filmes de ação dos últimos anos; não fosse os excessos de afetações estéticas e picaretagens, Snyder...

Mojica cria um terror bruto, que retoma às alegorias da cultura brasileira e a recursos nada menos que bizarros para transformá-lo no macabro qual tanto ama.

A sobrenaturalidade do real, o terror urbano de Mojica mais uma vez demonstrando que a motriz de seu cinema é seu vício com o horror: uma casa de bonecas, um filme mudo sobre a obsessão e um sádico experimento de tortura. Criatividade sem limites.

UHAUAHUAHUAHUAH

Que venham mais filmes com essa atmosfera irresponsável (inclusive lembrando um pouco o Dante e do Chuck Jones), Burton rompendo com ele próprio e fazendo uma de suas mais divertidas fantasias.

Os pilares da cultura sertaneja dissecados em vários núcleos, desde a herança do coronelismo até o impacto da religiosidade. Maldição. Pecado. Redenção. O homem interligado por laços culturais e naturais que eternizam a cíclica/latente história da vida.

"Of course, I can't see so well from this rear window."

A escola continua.

Tem seus fetiches narrativos e seus tiques estéticos, mas ok, é um belo retrato do caos que reinava em Nova York na década de 60 e o sonho americano sendo abandonado em prol da sobrevivência.

Anti-hollywoodiano, um filme pequeno para uma história gigantesca (coisa que sempre pedi pra ver), visão puramente brasileira e teatral de Cleópatra, com Negrini trazendo de volta a mulher marginal em todas as suas formas e movimentos.