Lupas (51)
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Fellini constrói um retrato afetivo da Roma de sua infância e da Roma de 1972 ao nos conduzir errantemente pelas diversas camadas dessa cidade acostumada a morrer e se reerguer. O diretor utiliza seus travellings característicos e a mise-en-scène caótica para compor uma tempestuosa cartografia de situações e lembranças, evocando várias facetas da cidade e da sua imagem da cidade. Bastante virtuosística construção de enredo, o qual foge ao modelo clássico da jornada do herói.
Pedro Garcia | Em 26 de Maio de 2019. -
A fúria alucinatória do filme parece não ter perdido força após décadas, principalmente tendo em vista a permanência do sectarismo dos afro-americanos numa sociedade que replica episódios de segregação racial. Impossível desvincular a obra do eco do movimento de resistência dos Panteras Negras - tudo em sua linguagem enfatiza os caráteres marginal, contestador, subversivo e violento de tal realidade. Edição feérica e ultra-vanguardista que guarda proximidade com os trabalhos de Godard.
Pedro Garcia | Em 16 de Maio de 2019. -
Começa morno, porém logo emplaca uma excelente sucessão de gags. Inesquecível e primorosa cena do personagem entrando na tela de cinema. Um dos primeiros e marcantes exemplos da metalinguagem. Cinema-sonho.
Pedro Garcia | Em 20 de Abril de 2019. -
Muito interessante e divertido. Uma pena ser tão subestimado.
Pedro Garcia | Em 31 de Janeiro de 2019. -
Uma bonita história de superação não do deficiente, mas de seu cuidador.
Pedro Garcia | Em 31 de Janeiro de 2019. -
Os equívocos do filme foram transportar para a tela literalmente tudo o que se passa no livro, sem no entanto compreender a significância dos devaneios surrealistas da obra de Boris Vian. O resultado pode ser inclusive classificado como piegas.
Pedro Garcia | Em 16 de Janeiro de 2015. -
O filme consegue desconstruir o personagem Ambrosio de maneira gradual e impactante. Sem brilhantismos, porém um bom filme.
Pedro Garcia | Em 16 de Janeiro de 2015. -
Ousado e instigante, o filme critica o modo contemporâneo de vida sempre de forma sutil, sem no entanto tornar-se vazio de sentido ou apolitizado.
Pedro Garcia | Em 16 de Janeiro de 2015. -
Retrato da banalização do sexo como reflexo das inseguranças do homem contemporâneo.
Pedro Garcia | Em 16 de Janeiro de 2015. -
Uma viagem sensorial obrigatória pela real degradação humana.
Pedro Garcia | Em 19 de Julho de 2013. -
Bobo. Superestimado.
Pedro Garcia | Em 06 de Fevereiro de 2013. -
Spielberg se tornou alguém ignorável no mundo da sétima arte, que pena.
Pedro Garcia | Em 06 de Fevereiro de 2013.