Lupas (337)
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Dreyer se mostra cada vez mais sutil na abordagem e bastante provocador nas escolhas de seus temas e nas suas conclusões. Fora que seus planos e sua mise en scene são muito elegantes e simbólicos. Grande filme.
Fabio Bach | Em 20 de Junho de 2019.
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Uma comédia dramática divertida, com um certo toque mórbido, que serve de ferramenta para Dreyer praticar seus recursos narrativos de maneira bem criativa, representando um avanço na investigação do rosto humano que o cineasta sempre primou, fazendo com que inaugure em sua filmografia um olhar para o real - seus personagens, ainda que carregados da caricatura do cinema mudo, são muito mais palpáveis do que a maioria do que se vê nos filmes dessa época - que culminaria no magnífico JOANA D’ARC.
Fabio Bach | Em 18 de Junho de 2019.
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Já em seu primeiro longa, o mestre Dreyer dá apontamentos muito concretos acerca do que viria a ser seu cinema (e que, na minha opinião, o firmaria como o maior cineasta de todos os tempos). Calcado na potência dramática, na composição rigorosa da imagem e no gradual desapego em relação ao expositivo, o cineasta não titubeia e entrega uma narrativa relativamente complexa até para os dias de hoje (com seus infindáveis flashbacks). Um grande começo!
Fabio Bach | Em 17 de Junho de 2019.
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Supra-sumo do hipsterismo banal, pretensioso e cheio de diálogos-colagem de frases feitas sobre o amor (o único drama que esse povo parece ter na vida) banhado de atuações terríveis. Fora que, como cinema, é um erro atrás do outro enquanto linguagem. Raramente detesto um filme, mas esse conseguiu. Tentou mirar em Sofia Coppola, Spike Jonze e Wes Anderson, mas - sendo de uma imbecilidade cabal - ficou no mesmo nível dos pavorosos “Swim Little Fish ”Swim” e “O Novíssimo Testamento”.
Fabio Bach | Em 24 de Maio de 2019.
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Um dos piores filmes que vi na minha vida...
Fabio Bach | Em 14 de Maio de 2019.
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Altman desconstrói as estruturas familiares burguesas de maneira magistral, não devendo nada a outros grandes iconoclastas como Renoir ou Buñuel.
Fabio Bach | Em 09 de Maio de 2019.
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Numa interpretação horizontal, uma obra que questiona a ética e a liberdade de duas pessoas que se desejam. Numa interpretação vertical, uma releitura dos mitos e do sagrado incesto. Numa interpretação diagonal, Louis Malle pleno transitando livremente.
Fabio Bach | Em 25 de Abril de 2019.
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Um esforço físico (quiçá patológico) para a execução de da liberdade de um discurso poético formando uma nova Gênese para a humanidade. O cinema frenético de Zulawski no seu ápice.
Fabio Bach | Em 16 de Abril de 2019.
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As duas versões são muito diferentes, mas bem proveitosas. Gosto mais do corte de 76, mais longo e mais voltado para o tempo psicológico típico de Cassavetes (lembra Os Maridos em certo aspecto, mas sem a mesma grandiosidade).
Fabio Bach | Em 21 de Março de 2019.
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Uma das obras seminais do século, este O MARTÍRIO DE JOANA D’ARC é pro cinema mudo o que A PALAVRA é pro cinema falado. Dreyer estabelece rigor formal absoluto ao retratar um dos episódios mais cruéis Com o Feminino.
Fabio Bach | Em 13 de Março de 2019.
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Exageros de Iñarritu à parte, O REGRESSO é tecnicamente magistral (as imagens e os feitos com a câmera são sensacionais) e apresenta atuações gigantescas de todo o elenco. Mesmo ególatra, Iñarritu sabe dirigir muito! Mas este filme é mais de DiCaprio.
Fabio Bach | Em 04 de Março de 2019.
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Aqui e ali dá pra perceber a problemática intervenção do estúdio, mas boa parte é do próprio Orson Welles - e aí nem da pra competir: um desfile de talento, questão estética, questão existencial, experimentos cênicos, etc...
Fabio Bach | Em 01 de Março de 2019.