Lupas (337)

Bigelow meio crua, mas já com pequenos apontamentos da grande cineasta que viria a ser. Tem humor negro e é meio nonsense, mas o filme carece de uma estrutura mais coesa, aparentando ser uma história meio jogada ao acaso e concluída às pressas.

William Friedkin mostra que nunca será da nata pasteurizada de Hollywood ao entregar este asqueroso, nojento, pegajoso universo repleto de humor negro, sujo, e povoado por personagens peçonhentos. Filme punk rock total!

Obra-prima obrigatória dos anos 90, mas deve-se assistir à versão sem cortes, que dá um panorama muito mais complexo das personagens. Fiz um estudo profundo sobre esse filmaço na faculdade.

Cresceu demais na revisão, inclusive passando o vol.1. Momentos lindos de pura contemplação e olhares, como os grandes duelos do faroeste clássico. E o que seria desse filme sem o talento descomunal de Robert Richardson?...

Tarantino no ápice das maluquices e das autoindulgência. Mas funciona, pois é um filme divertido pra c******

A mistura perfeita do Aronofsky histriônico do Réquiem com o Aronofsky investigativo de O Lutador. Adoro!

Ficção científica + metalinguagem + filosofia + poesia + rica estética visual e sonora. Como não gostar de um filme desses? Remete a outro filme que adoro: CONTATO.

Mesmo inferior aos outros filmes de Villeneuve (principalmente por este ter um roteiro mais irregular), o filme se mostra vigoroso plasticamente, provando que o canadense é dos melhores em atividade.

Revi e digo que cresceu demais. Nesta parábola sobre os limites do ser humano e de sua fé (também abordados em INCÊNDIOS), Villeneuve e Roger Deakins pintam com a câmera - além do maravilhoso design de som. E que elenco!

Momentos realmente apavorantes justamente por subverter as regras do suspense psicológico. Pra quem acha que é pra de adivinhar do que se trata, o filme revela tudo antes, faz uma curva de 180º e se torna mais chocante por outras vias. Aquele barril...

Ceylan, jamais negando as suas influências (Ozu principalmente), busca a excelência estética nos simples atos, investigando o ser humano para além da trama - trama esta que pouco importa, pois não há um segredo a ser revelado. Há somente a contemplação.

Um rigoroso exercício cênico que Renais realiza com maestria e elegância. Não se trata de narrativa, mas de fantasmagorias que habitam diferentes camadas de tempo e espaço, utilizados para despertar determinadas sensações. Obra-prima.