Lupas (337)

Um estudo brutal de como o gênero pode ser escapista, mas sem diminuí-lo. A estética de Von Trier pode incomodar alguns, mas pra mim é cinema de primeira. E Björk simplesmente sensacional.

Um dos melhores e mais WTF de todos os tempos! Maluco, maluco, maluco! Mas igualmente fantástico, fantástico e fantástico!

Cult maravilhoso de Jarmusch, com Tom Waits, Roberto Benigni e John Lurie em grandes momentos, além da excepcional fotografia!

Delirante sci-fi de horror que apresenta bem as decodificações daquele pessimismo e experimentalismo da Nova Hollywood. O final enigmático eleva a qualidade da obra, que deve ser vista sob uma ótica outra, com desprendimento do gênero. Me lembrou Altman.

Experimento livre e absurdo. Uma sucessão de imagens que gera varias coligações imagéticas e sonoras na cabeça do espectador por puro prazer de degustar o inesperado. Gera leituras e interpretações bem interessantes.

Dos meus favoritos do Buñuel. Um retrato sarcástico e visceral da natureza humana.

As subversões divertidíssimas de Buñuel...

A poética da pausa de Antonioni é uma linguagem radical, por vezes hermética, mas quando a absorvemos, é um deleite estético. Confesso que demorei bastante pra entender a arte de Antonioni. Hoje sou fã incondicional dele.

Um dos meus Cult favoritos. Sintético, direto, polêmico, estiloso. Abel Ferrara na essência e sem enrolação, verossimilhança, narrativa expositiva, explicações, nada disso. É pauleira!

Metafórico, rico, meio lento, mas muito elegante. Pode ser meio entediante para alguns, mas se se permite entrar nas possibilidades de simbolismo e interpretação, o filme cresce e ganha corpo. Precisei ver três vezes pra realmente aproveitar.

Porralouquice desenfreada de Friedkin, com uma atuação enérgica de William Petersen. Dotada de todas as iconografias dos anos 80 (incluindo o bate-estaca, as cafonices, etc), mas com muito do cinismo friedkiniano clássico.

“Lá no fundo teu pai jaz com teus ossos de coral nos olhos pérolas traz pois o seu corpo mortal foi transformado no mar em tesouro singular” A TEMPESTADE, William Shakespeare. A jornada mitológica da busca pelo pai, com todos os seus arquétipos